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Quase metade dos candidatos ao crédito à habitação (49%) tem idades entre os 26 e os 35 anos, sendo que mais de um terço dos portugueses (34%) paga uma mensalidade ao banco na inferior a 400 euros. No entanto, existem cerca de 29% dos consumidores que têm prestações entre os 400 e os 549 euros. Em média, pelos mais recentes créditos bancários, as famílias pagam cerca de 575 euros.
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Estes são alguns dados do Barómetro do Crédito à Habitação, da plataforma que compara produtos financeiros, ComparaJá, que adianta ainda que, relativamente à faixa etária dos proponentes, aqueles que têm idades superiores a 40 anos representam apenas 25% do total.
Este barómetro, que foi levado a cabo tendo por base os dados dos último sete mil utilizadores do ComparaJá, reporta ainda que 80% dos créditos pedidos são para compra de casa e que os restantes 20% pedem dinheiro ao banco para construção e transferência. No entanto, e embora seja residual, como frisa o ComparaJá, existe ainda uma percentagem correspondente a crédito hipotecário.
No que aos prazos dos créditos diz respeito, quatro em cada 10 têm uma duração entre os 36 e os 40 anos. Como explica o ComparaJá, a média dos contratos acaba por fixar-se nos 33 anos. OU seja, 60% dos consumidores pede um empréstimo a mais de 30 anos e 42% dos portugueses, ultrapassa os 36 anos. Os créditos com prazos até 15 anos são escolhidos por apenas 5% dos candidatos.
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Quando recorrem ao banco para solicitar um crédito à habitação, a maioria dos portugueses recorre a um auxílio da quase totalidade do valor da casa. Como explica o relatório, 66,8% dos portugueses solicitaram um LTV (o rácio com que os Bancos aprovam as operações de crédito habitação e determina a diferença entre o valor financiado e o valor que o imóvel é avaliado) correspondente a 90%. Imediatamente a seguir, o LTV mais pedido foi do do intervalo de valores entre 80% e 89%.
Valores
Neste sentido, e depois de analisados os dados, percebe-se o aumento constante dos imóveis nacionais. Se em 2021, o valor médio de pedido aos bancos para os créditos à habitação foi de 138 mil euros, este ano já são pedidos 186 mil euros. O que revela um aumento de 50 mil euros.
No entanto, o ComparaJá frisa que “ainda assim, os portugueses, na sua grande maioria (56%), não vão além dos 174.999 mil euros gastos numa nova habitação”. O que significa que apenas uma, em cada dez casas compradas com recurso a crédito custa menos de 75 mil euros.
As mensalidades pagas pelos novos créditos bancários situam-se, em média, nos 575 euros, sendo que, em 2021, 30% das famílias pagaram prestações entre os 400 e os 549 euros.
Nesta vertente é, então, de realçar que ao rendimento médio dos proponentes de crédito habitação que recorreram ao ComparaJá, que ascende aos 1453 euros, embora 37% dos pedidos de crédito à habitação seja submetido por por pessoas que ganham até 1000 euros por mês.
Quanto às taxas de esforço (o rácio entre as obrigações de crédito que o agregado tem e os rendimentos que aufere), o ComparaJá não identificou nenhuma que se destaque, embora refira que a taxa superior a 40% é a menos praticada.
Perfil dos consumidores
Quase metade das casas são compradas por consumidores com idades entre os 30 e os 40 anos, diz o relatório do ComparaJá. E apenas dois em cada 10 portugueses conseguem comprar casa antes dos 30 anos.
No que ao crédito à habitação diz respeito, cerca de “30% dos utilizadores do serviço de crédito habitação do portal de comparação têm idades compreendidas entre os 31 e os 35 anos, enquanto quase 18% recorre a financiamento imobiliário entre os 36 e os 40 anos”. E, sublinha o portal, 25% dos portugueses ainda recorre ao crédito à habitação, após os 40 anos.
E, é neste sentido que o ComparaJá, revela que a “a grande maioria dos portugueses estará a pagar uma prestação ao banco e a receber reforma ao mesmo tempo”. Mais especificamente, diz ainda o relatório, 47,07% dos portugueses vai acabar de pagar o seu crédito bancário com mais de 70 anos, sendo que apenas 21,86% dos consumidores vai liquidar o seu empréstimo antes de reformar.
Preferências
Cerca de 80% dos candidatos a crédito à habitação optam por adquirir casas já construídas (chave na mão), enquanto apenas 8% pediu um empréstimo para construir um imóvel.
São também 8% dos portugueses que optaram por transferir o crédito que já tinham, para outro banco, no ensejo de conseguir melhores vantagens.
Estes dados foram recolhidos no primeiro semestre deste ano e, quando comparados com o período homólogo, é possível perceber que existiu uma diminuição de pedidos de crédito para construção, onde existiram 18% destes processos. Segundo o ComparaJá, “esta situação pode ser explicada tendo em conta a inflação e o natural aumento dos preços dos materiais de construção”.
Os bancos mais competitivos
De acordo com o Barómetro do Crédito à Habitação, os portugueses procuraram propostas de crédito para várias áreas.
Assim, o ComparaJá destacou as entidades bancárias que apresentaram as propostas mais competitivas nos créditos para: Habitação para Aquisição, Construção, Crédito Habitação com Taxa Fixa, Transferência de Crédito Habitação e Processo mais rápido no Crédito Habitação. E os bancos que se destacaram foram, respetivamente, o Santander, a Caixa Geral de Depósitos, o BPI, (novamente) o Santander e o Millenium BCP.
Como explica aquele portal, “nas categorias de “Crédito Habitação para Aquisição”, “Transferência de Crédito Habitação” e “Crédito para Construção”, o ComparaJá considerou apenas as propostas que cumpriram os seguintes critérios: Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Variável (indexada à Euribor); Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50 mil euros; Prazo igual ou superior a 10 anos”.
Quanto ao banco que melhor proposta apresentou para “Crédito Habitação com Taxa Fixa” (o BPI), o ComparaJá considerou a Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Fixa com prazo igual ou superior a 20 anos, Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50 mil euros.
Quanto ao processo mais rápido no Crédito à Habitação (Millenium BCP), foram tidas em conta três dimensões: Média dos processos mais rápidos; Média do total de processos; Média dos processos mais lentos.
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