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O mercado de escritórios de Lisboa aumentou 53% nos primeiros seis meses deste ano, registando um volume de absorção total de 168 339 metros quadrados (m2), com 105 operações, em comparação com o período homólogo do ano pré-pandemia e dos seguintes anos (2020 e 2021). Esta evolução mostra já o impacto positivo do fim do teletrabalho e do regresso aos escritórios, aponta a Savills, consultora imobilidária.
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Este aumento deveu-se em boa parte à Fidelidade, que irá ocupar 28 mil m2 na zona de Entrecampos, ao BNP Paribas, que comprou os edifícios Echo e Aura, localizados no Parque das Nações, com um total de 38 258 m2, à EDP, que se vai expandir na zona histórica e beira rio Tejo, registando 11 400 m2 e ao Novo Banco, que vai aumentar a sua área de implantação no Corredor Oeste com 8 233 m2, revela a consultora.
“Os valores registados durante o presente ano ultrapassam já os resultados do período pré-pandemia, uma vez que o volume de absorção se encontra cerca de 50% acima do registado em 2019. Este semestre é, desde 2017, aquele que regista uma maior ocupação de escritórios no mercado de Lisboa”, afirma a head of research e communications da Savills Portugal, Alexandra Portugal Gomes.
A responsável pela consultora explica ainda que os “resultados advêm de uma vontade muito expressiva e também necessária das empresas proporcionarem melhores espaços e condições de trabalhos aos seus colaboradores, o que se traduz, em muitos casos, em processos de relocalização ou expansão de área”.
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No total dos seis meses, foram concluídas 105 operações, mais 51 em comparação com o período homólogo. De acordo com a análise da Savills, o Parque das Nações foi a zona mais dinâmica, tendo sido responsável por 30% do volume de absorção, o que corresponde à concretização de 15 negócios.
As novas zonas de escritórios, em Entrecampos, registaram 24% do total do volume de absorção, tendo a mudança de instalações da Fidelidade contribuído para o maior negócio dos seis meses. A zona referida tem atraído serviços financeiros, empresas das tecnologias e órgãos de comunicação social.
É relevante referir que Parque das Nações e Entrecampos foram as zonas que registaram o maior crescimento em comparação com o mesmo período em 2019, atingindo os 90% e 86%.
Por setor de atividade, as áreas dos serviços financeiros e dos serviços a empresas foram responsáveis poe 47% e 19%, respetivamente, do volume de absorção do negócio, o que dá um total de 66% neste semestre.
No mercado do Porto, a atividade apresenta-se também dinâmica, atingindo um crescimento de 150% face ao período homólogo no ano de 2021, ainda em contexto pandémico. Assim, no primeiro semestre do ano, o mercado de escritórios do Porto registou um volume de absorção total de 30 287 m2, o que resulta da conclusão de 37 negócios.
Face a 2019, o mercado também cresceu, encontrando-se 48% acima do registado no primeiro semestre desse ano, o que confirma a trajetória de recuperação e crescimento do mercado no Porto.
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