Um estudo de quatro investigadores, publicado pelo Banco de Portugal, conclui que as famílias com rendimentos mais baixos e com pequenos negócios estão mais vulneráveis.
Em Portugal, um terço destes agregados (33%) tem uma situação financeira muito dependente dos negócios, segundo o Inquérito à Situação Financeira das Famílias na área do euro, em 2017, que serviram de base para a análise da situação atual.
São dados que têm em conta “o número de membros da família que trabalham no negócio, o peso do negócio nos ativos da família e o tipo de responsabilidade da família relativamente às dívidas do negócio”.
Esta crise afeta de forma diferente os setores de atividade. Nas áreas onde o confinamento está a ter mais impacto, são abrangidos 56% dos negócios familiares em Portugal, o que compara com 23% na área do euro.
Ainda segundo este estudo “Famílias proprietárias de negócios em Portugal e na área do euro: caracterização e exposição à crise pandémica”, tendo em conta o setor de atividade e a dependência financeira, “18% das famílias portuguesas com negócios estão muito expostas à crise pandémica (10% nos restantes países da área do euro)”.
Tanto em Portugal como na área do euro esta exposição é particularmente elevada nas famílias de rendimentos mais baixos.
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