O CEO da EDP, António Mexia, avançou aos jornalistas à margem da conferência “Road To China” que o acordo que está em cima da mesa com o Governo para a elétrica voltar a pagar a CESE pode ficar fechado “nos próximos dias, até ao final do ano”.
“A CESE será paga quando estiverem preenchidas as condições. Nos próximos dias, até ao final do ano”, garantiu.
“Não concordamos com ela, mas sobre a CESE sempre tivemos uma posição muito clara que era a seguinte: percebemos que haja um esforço temporário, para a redução do défice, e que a sua taxa fosse diminuindo e fosse gerível pelo setor. Se essas regras forem cumpridas estaremos cá para fazer a nossa parte”, reafirmou Mexia.
Fazendo o balanço de seis anos de presença da na estrutura acionista da empresa disse que “a CTG trouxe músculo à EDP”. Sobre a OPA dos chineses da CTG, Mexia garante que a visita do presidente chinês nos próximos dias não vai mudar nada no processo, que “está a decorrer como esperado”, e que carece ainda de aprovação em mais de uma dezena de mercados.
“Este é um processo longo porque a análise regulatória se faz em muitos países. Há questões ainda a tratar pela companhia e pelos reguladores e por isso terá ainda desenvolvimentos em 2019. Não depende de nós nem da CTG. Estamos a falar de meses”.
Sobre um possível aumento das tarifas de eletricidade no próximo ano, Mexia lembrou que essa decisão depende dos preços em alta no mercado grossista, a que se soma o pagamento de redes e de impostos.
“Há vários elementos para reduzir essa tarifa e um desses elementos seria obviamente a carga fiscal. É uma decisão do Governo. A proposta do conselho tarifário da ERSE é que haja uma redução das tarifas em Portugal para o ano. O que se espera é isso”, disse Mexia.
O ministro do Ambiente já falou num queda de 3,5% das tarifas em 2019, quando em 2018 foi de apenas 0,2%. Para este ano a EDP anunciou um aumento nos preços de 2,5% apesar da queda ditada pela ERSE.
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