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Na semana em que foi publicado o regulamento geral para a aplicação do Portugal 2030, que reserva 23 mil milhões de euros para investir até 2027, o Millennium BCP reuniu-se com cerca de mil clientes na Batalha, em Leiria, para debater as oportunidades dos próximos anos. Durante o evento, que se realizou na manhã desta sexta-feira, a comissão executiva da instituição deixou clara a vontade de apoiar os negócios na captação de financiamento comunitário.
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“Defendemos o investimento nacional e a sua importância para o crescimento e desenvolvimento da economia portuguesa”, começou por dizer João Nuno Palma. O vice-presidente do BCP recordou o papel do banco no período crítico de resposta à crise pandémica, nomeadamente na disponibilização das linhas de crédito covid com uma quota de mercado de 40%.
Entre a extensa lista de trunfos, João Nuno Palma destacou a relação próxima com o tecido empresarial, em especial com as organizações que apostam na inovação. “Queremos ser, e somos, o banco das melhores empresas. Fomos escolhidos por 60% das empresas com o estatuto de Inovadora Cotec”, assinalou. O caminho é, garante, para continuar durante a execução da bazuca europeia, depois das metas alcançadas durante o processo de capitalização da economia no âmbito do Portugal 2020. Neste programa, a equipa liderada por Miguel Maya conquistou 45% de quota do mercado de crédito.
A disponibilidade de recursos nas tesourarias foi, de resto, um tema sublinhado pela ministra da Coesão Territorial. Ana Abrunhosa defendeu ser “importante termos empresas capitalizadas” para que possam desenvolver projetos apoiados por fundos europeus, mas sem deles dependerem por inteiro. “É importante que não estejam totalmente dependentes dos fundos europeus para fazer estes projetos”, afirmou.
João Nuno Palma vê no dinheiro da Europa “uma janela de oportunidade que deve potenciar o investimento empresarial” e sublinha o impacto estimado de 1,4% do PRR no produto interno bruto até 2024. Neste momento, entre o Portugal 2020 e o PRR, os números mostram que a instituição tem em carteira 7.848 projetos que correspondem a 5,8 mil milhões de euros de investimento elegível. “Dois terços das empresas apoiadas pelo PRR são clientes do Millennium”, destacou ainda o vice-presidente.
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Recorde-se que Portugal vai receber, nos próximos anos, cerca de 49 mil milhões de euros entre os fundos da Política Agrícola Comum, do Portugal 2030 e do PRR. Neste último, as transições climática e digital ganham peso. Segundo os números mais recentes da plataforma do programa comunitário, Portugal captou já mais de cinco mil milhões de euros.
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