//Ministra admite aproximar posições. UGT vai apresentar contraproposta

Ministra admite aproximar posições. UGT vai apresentar contraproposta

A ministra do Trabalho recebeu esta terça-feira a UGT. No final, as duas partes disseram aos jornalistas que foi uma reunião “muito construtiva”, que serviu para calendarizar os próximos passos da negociação.

“Não se trata de recuar. Quando há uma negociação, as partes devem aproximar as suas posições. Nesse sentido, estamos dispostos para aproximar posições. A medida concreta dessa aproximação só pode ser determinada nas reuniões da Concertação Social”, afirmou a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho.

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A próxima reunião com a Concertação Social está marcada para 14 de Janeiro. Até lá, a ministra do Trabalho espera que as várias partes enviem propostas concretas e que permitam um encontro a meio caminho.

“O Governo mantém exatamente como tinha antes disponibilidade para construir as soluções. Teremos de nos encontrar a meio caminho. A atitude do Governo é igual à do primeiro dia. Não foi o Governo que suspendeu o processo de negociação. Foi a UGT que ao convocar a greve geral suspendeu o processo de negociação, e também a CGTP”, declarou Maria do Rosário Palma Ramalho.

A ministra do Trabalho anunciou, também, que será levado na quarta-feira a Conselho de Ministros o aumento do Salário Mínimo Nacional para 920 euros, no próximo ano de 2026.

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UGT vai apresentar contraproposta

No final da reunião, o secretário-geral da UGT disse que viu sinais positivos na reunião com a ministra do Trabalho sobre a reforma laboral e adiantou que a central sindical vai apresentar uma contraproposta, incluindo medidas que não constam do anteprojeto.

Mário Mourão não esclareceu os contornos do que lhe foi apresentado pelo Governo, mas fez questão de sublinhar que viu espírito negocial do lado do executivo.

“Foi uma reunião muito positiva”, assinalou em declarações aos jornalistas, frisando que o encontro, realizado cinco dias depois da greve geral de 11 de dezembro, serviu para reiniciar uma negociação que “estava bloqueada”.

“Estou otimista face àquilo que ouvi da parte do Governo”, salientou, dizendo que sentiu uma “total disponibilidade para a negociação”.

“Conseguimos reiniciar os trabalhos que tínhamos interrompido, o que é positivo. Temos muito trabalho para fazer, portanto, vamos continuar a discutir as propostas, artigo a artigo”, afirmou, começando por especificar que “a UGT vai apresentar propostas de alteração” sobre as matérias de que discorda.

Questionado se a contraproposta da UGT vai incluir alterações artigo a artigo, o secretário-geral disse que a central sindical o fará “até [relativamente a] matérias que não estão nesta proposta” do Governo.

Esse trabalho acontecerá “durante o próximo mês”, a pensar na reunião de Concertação Social agendada para 14 de janeiro de 2026, situou Mário Mourão.

“Vamos continuar a trabalhar, foi para isso que aqui viemos. Vimos também essa vontade e essa disponibilidade da parte do Governo, o que é positivo e, portanto, a parte da UGT vai, naturalmente, corresponder àquilo que também eram as expetativas que tinha da reunião”, afirmou.

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