A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, convidou este domingo 13 entidades para aquela que será a primeira reunião entre o Governo, a administração do porto de Setúbal e os sindicatos para discutir a situação dos estivadores.
A reunião está agendada para as 17h00 de segunda-feira, no Ministério do Mar, em Algés (Oeiras) “para discussão do quadro das relações laborais no porto de Setúbal”, informa a tutela.
Os trabalhadores eventuais do porto de Setúbal (estivadores) estão em greve desde 05 de novembro para exigir um contrato coletivo de trabalho.
Na quinta-feira, os estivadores impediram a entrada de um autocarro que transportava trabalhadores para os substituir no carregamento de um navio com viaturas da fábrica da Autoeuropa, mas acabaram por ser retirados por elementos da PSP.
No mesmo dia, Ana Paula Vitorino defendeu uma revisão das relações laborais no porto de Setúbal e apelou a um entendimento urgente entre as partes.
Contudo, o Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) acusou o Governo e a administração portuária de incendiarem o conflito laboral.
Entre as entidades convidadas para a reunião promovida pelo Governo estão o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística, o sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros, a CGTP, a UGT, a administração dos portos de Setúbal e Sesimbra assim como as empresas que operam no porto de Setúbal, segundo um comunicado hoje divulgado pelo Ministério do Mar.
Cerca de 90 trabalhadores contratados ao turno pela empresa de trabalho portuário Operestiva, alguns há mais de dez e outros há mais de 20 anos, têm efetuado protestos contra a situação de precariedade.
Estes trabalhadores eventuais, que não comparecem ao trabalho desde 5 de novembro, exigem um contrato coletivo de trabalho, a par da garantia de que aqueles que não forem contratados terão prioridade quando for necessário colmatar os referidos picos de atividade no porto de Setúbal.
O porto de Setúbal está parado, nos portos de Lisboa e da Figueira da Foz não há trabalho às horas extraordinárias, enquanto os restantes portos estão a funcionar normalmente.
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