A continuação da subida da taxa de desemprego é uma preocupação para o Governo, que defende que a solução passa pela criação de mais empresas e emprego.
Em declarações à Renascença esta sexta-feira, à margem de uma conferência sobre sustentabilidade na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, o ministro da Economia explicou que o aumento do desemprego pode ser um “efeito da desaceleração da economia”, mas também da sazonalidade e outros fatores.
“Temos de averiguar, agora para combater o desemprego é sempre fundamental criar mais economia e mais empresas”, diz António Costa Silva, adiantando que “em 2022, tivemos mais cerca de 44 mil empresas, um aumento de 15%”.
Ao contrário do que acontece na generalidade dos países da União Europeia UE), em Portugal a taxa de desemprego está a subir desde julho e atingiu os 7,1% em janeiro deste ano, com a taxa de desemprego jovem a passar agora os 20%
Nesse sentido, o ministro diz que é preciso apostar na requalificação dos recursos humanos e criar novas oportunidades, tanto mais que há vários setores – nomeadamente o turismo – que têm falta de mão de obra.
“Não podemos dar-nos ao luxo de ter gente desempregada, temos de ter uma política inteligente no sentido de identificar as situações e recuperar sempre recursos humanos. Os recursos humanos são fundamentais e o país precisa desesperadamente de recursos em todos os setores, temos de ver exatamente o que é que está a acontecer, quais são os setores atingidos, como requalificar as pessoas e como criar novas oportunidades em termos de economia e de investimento e é isso que estamos a tratar.”
Ao lado da BTL, decorreu hoje também a Bolsa da Empregabilidade, um ponto de encontro entre candidatos a um emprego na área do Turismo e cerca de uma centena de empresas do setor que estão a fazer recrutamento.
António Costa Silva reagiu ainda ao aumento das taxas de juro, que vai manter-se, conforme o Banco Central Europeu (BCE) já anunciou. E admite que podem ser necessários ajustes aos pacotes de ajuda que já existem.
“Temos de ser humildes, ler a realidade e calibrar as medidas que existem, ver se são necessárias mais ecomo superar as dificuldades que estão a acontecer. É isso que estamos a fazer, temos grandes pacotes de ajuda que continuam em curso e agora temos de adaptá-los em função da conjuntura, mas as taxas de juro são realmente uma grande preocupação pelo efeito que têm em todo o sistema.”
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