O ministro da Economia defendeu hoje em Bruxelas que a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) é o ‘parceiro’ certo para se tornar o “braço financeiro” em Portugal do novo programa de investimentos da União Europeia para 2021-2027, o InvestEU.
Intervindo num evento sobre “Investir na UE: O papel dos Bancos Promocionais Nacionais — O Caso Português”, realizado na representação permanente de Portugal junto da UE, no qual foi feita uma apresentação do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela IFD desde 2016, Pedro Siza Vieira deixou a garantia à ‘plateia’ de que podem confiar nesta instituição, que necessita todavia de ver alargado o seu âmbito de intervenção.
“A mensagem que quis passar aqui é que a economia portuguesa está num bom caminho, temos conseguido aumentar as nossas exportações, estamos num bom momento de investimento empresarial, mas precisamos de continuar a fazer um esforço se queremos ter uma década de convergência com a Europa, e para isso precisamos de investimento, precisamos de capital”, declarou à imprensa no final da sessão.
O ministro apontou que “o instrumento InvestEU é um bom instrumento, que Portugal quer aproveitar em pleno, mas para isso precisa também de capacitar um banco promocional nacional para ser o braço financeiro do InvestEU” no país, pelo que o evento, dirigido sobretudo às instituições, serviu basicamente para “apresentar o trabalho que a IFD está a fazer e demonstrar que ela é um parceiro capaz para ser o braço do investEU em Portugal”, disse.
O objetivo passa por “alargar o âmbito de intervenção da IFD”, para que, além de apoiar as Pequenas e Médias Empresas, a instituição, “no quadro do InvestEU, que é mais ambicioso do que o quadro atual, também possa entrar pelas outras áreas, da transição energética, de financiamento sustentável, das infraestruturas sociais”, concluiu Pedro Siza Vieira.
O programa para investimentos na União Europeia (UE), InvestEU, para o qual serão alocados pelo menos 650 mil milhões de euros, teve hoje aval no Parlamento Europeu.
O InvestEU sucederá no próximo quadro financeiro plurianual da UE ao Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, mais conhecido como “Plano Juncker”, que permitiu apoiar cerca de 12 mil empresas em Portugal (a grande parte PME) e criar 140 mil postos de trabalho, num total de 8,8 mil milhões de euros usados pelo país.
O novo instrumento para o investimento vai mobilizar pelo menos 650 mil milhões de euros de investimento adicional no próximo orçamento de longo prazo da União Europeia.
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