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“Aquilo que gostava de salientar é exatamente o lado bom disto. Nós recebemos uma proposta de uma empresa muito reputada e com grande experiência nestas operações de reestruturação de empresas, a Valérius, que apresentou uma proposta ao administrador de insolvência no sentido de ficar com os ativos da empresa e de contratar os trabalhadores da Dielmar para uma nova unidade industrial que quer manter ali em Alcains”, disse hoje Pedro Siza Vieira.
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Credores decidiram o encerramento definitivo da Dielmar
O governante falava aos jornalistas à margem da apresentação do programa Empresas Turismo 360, que decorreu hoje no Observatório Astronómico de Lisboa, reagindo ao encerramento da atividade da Dielmar, decidido em assembleia de credores da empresa de confeções de Alcains, Castelo Branco, que decorreu hoje no Tribunal do Fundão.
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“É muito importante que nós possamos manter atividade económica naquela freguesia, é muito importante, para isso, termos um operador privado com experiência, reputação e acesso aos mercados também fortes, que possam também assegurar a continuidade da atividade para aqueles trabalhadores que, como eu sempre disse, é o maior valor que a Dielmar tinha”, considerou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
Considerando a proposta da empresa minhota como “boas notícias”, Pedro Siza Vieira indicou que “os representantes dos trabalhadores, maioritariamente, votaram a favor desta proposta” e “o Estado também votará”.
“Julgo que os demais credores, nos próximos cinco dias – é essa a minha expetativa – também se manifestarão de acordo com essa proposta”, anteviu o governante.
Pedro Siza Vieira apelidou ainda a história da insolvência e encerramento da Dielmar como “uma lição de que às vezes é melhor assegurar que os ativos empresariais encontram melhores mãos para poderem prosseguir a atividade com maior valor, do que propriamente estar a tentar manter situações que às vezes são ineficientes”.
A assembleia de credores da empresa de confeções Dielmar decidiu hoje o encerramento definitivo do estabelecimento e deu cinco dias aos credores para se pronunciarem sobre uma proposta de compra da sociedade Valérius, no valor de 250 mil euros.
A assembleia de credores que decorreu no Tribunal do Fundão determinou hoje, 100 dias após ter declarado a insolvência da empresa de confeções Dielmar, avançar com o seu encerramento definitivo, o que permite aos cerca de 240 trabalhadores irem, no imediato, para o desemprego.
Contudo, o administrador da insolvência, João Gonçalves, informou os credores da chegada, na terça-feira, de uma proposta da sociedade Valérius, no valor total de 250 mil euros.
A proponente compromete-se ainda a reabrir a empresa e a ir buscar 200 trabalhadores, de uma forma faseada e após uma formação teórica de um mês e outra em contexto de trabalho, resultante de uma parceria entre esta sociedade e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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