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“Compreendo perfeitamente os trabalhadores. Acho que eles têm razão, e eu estou também na luta para conseguir o reconhecimento daquela gente, que está a fazer um trabalho fantástico pelo país e precisa de ser reconhecida”, disse o ministro à chegada ao Porto, na Train Summit – Green deal e Descarbonização, que decorreu numa carruagem integrada num comboio Intercidades Lisboa – Porto.
Pedro Nuno Santos disse também que os trabalhadores de manutenção da CP “ganham pouco” e que “o país tem de resolver isto”.
Já o vice-presidente da CP Pedro Moreira afirmou que a empresa tem “dificuldades em segurar os trabalhadores, muitas vezes, porque eles têm a noção que as empresas privadas pagam muito mais e reconhecem as capacidades e a experiência que eles têm em áreas técnicas, que são utilizadas não só na ferrovia mas também em outras áreas da indústria”.
Os trabalhadores da CP e da IP vão estar em greve no dia 08 de outubro, reivindicando o aumento dos salários, a revisão do Acordo da Empresa e a admissão de funcionários, anunciaram, em comunicado, na quinta-feira, os seus órgaos representativos.
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Em causa está o aumento dos salários de todos os trabalhadores, que tenha em conta a atualização do salário mínimo nacional, bem como a “responsabilidade e conhecimento profissional exigidos”.
No documento, os representantes dos trabalhadores lembram que, após anos de congelamento, as atualizações salariais foram “insuficientes” e não acompanharam o crescimento do salário mínimo nacional.
Assim, existem categorias profissionais nas duas empresas que em 2000 tinham como salário base da sua carreira um valor de 185% do salário mínimo nacional, enquanto no topo da carreira essa relação era de 235%, quando hoje é de, respetivamente, 118% e 153%.
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