Os ministros dos Assuntos Europeus da União Europeia (UE) defenderam, nas vésperas da cimeira de líderes comunitários, que “o tempo urge” para chegar a acordo sobre o plano de recuperação para a crise gerada pela covid-19.
“O tempo urge. A pandemia atingiu duramente as nossas economias e sociedades e é necessária uma ação decisiva”, vincou o ministro de Estado alemão para a Europa, Michael Roth, numa declaração divulgada após a reunião destes responsáveis.
Realizada por videoconferência dias antes de os chefes de Governo e de Estado da UE se sentarem à mesa em Bruxelas, a reunião dos ministros dos Assuntos Europeus permitiu aos responsáveis “fazer o ponto da situação em que os Estados-membros se encontram antes da cimeira da crise no final desta semana”, segundo Michael Roth.
“Embora ainda haja questões muito difíceis a resolver, espero que tenha contribuído para a preparação de um acordo, que permitirá à UE sair mais forte da crise, abordando as suas consequências imediatas, bem como as nossas prioridades a longo prazo, tais como o Estado de direito, a convergência social e económica, a proteção do clima e a transformação digital”, concluiu Michael Roth.
Esta videoconferência serviu, então, para preparar a cimeira de sexta-feira e sábado, na qual os líderes europeus tentarão chegar a acordo sobre o quadro financeiro plurianual da UE para 2021-2027 e o plano de recuperação para responder à crise da covid-19.
Em cima da mesa estará, desde logo, a proposta do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que reduz o orçamento plurianual 2021-2027 para 1,07 biliões de euros, mas mantém o Fundo de Recuperação nos 750 mil milhões, assim como o equilíbrio entre subvenções e empréstimos, prevendo que dois terços (500 mil milhões de euros) sejam canalizados para os Estados-membros a fundo perdido e o restante (250 mil milhões) na forma de empréstimos.
Para ‘agradar’ aos países frugais, entre outras medidas o presidente do Conselho Europeu propõe a manutenção dos polémicos ‘rebates’, os ‘descontos’ de que beneficiam grandes contribuintes líquidos, como Holanda.
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