//Ministros das Finanças da UE unânimes sobre reforço de sanções à Rússia

Ministros das Finanças da UE unânimes sobre reforço de sanções à Rússia

O ministro das Finanças, Fernando Medina, diz que há “uma unanimidade” entre todos os Estados-membros da União Europeia sobre “a necessidade de reforço das sanções à Rússia”, que a Comissão Europeia vai propor ainda nesta terça-feira.

À saída daquele que foi o seu primeiro Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), no Luxemburgo, Fernando Medina apontou que “a Comissão Europeia apresentará ainda hoje mesmo o pacote dessas sanções, tendo em vista reforçar a resposta do lado económico e na frente económica ao que tem sido a invasão da Ucrânia por parte da Rússia e a condenação absolutamente unânime que ela merece no plano europeu”.

O ministro das Finanças escusou-se a “adiantar” o conteúdo do pacote de sanções que o executivo comunitário se prepara para apresentar, mas confirmou que este quinto pacote, que a UE se prepara para adotar depois de conhecidas as atrocidades cometidas pelo exército russo em cidades ucranianas como Bucha, irá “tocar” na energia, ainda que não no petróleo nem no gás, mas provavelmente nas importações de carvão.

“Eu não queria estar aqui a adiantar [detalhes]. A Comissão fará hoje mesmo a comunicação detalhada sobre isso, mas confirmo que esse é um dos sentidos que a comunicação trará”, disse.

O ministro destacou antes que “há uma unanimidade muito grande entre todos os países sobre o caminho a seguir”, garantindo que “não há divergências quanto ao caminho a seguir”, até porque há um entendimento generalizado de que “as sanções estão a ter um impacto grande, estão a cumprir o seu papel”.

Fernando Medina sublinhou, no entanto, que as sanções devem ser as “adequadas, no sentido de não reduzir a capacidade estratégica de diálogo e de ação da União Europeia”, e acrescentou que “tem de haver também a ponderação sobre a proteção dos cidadãos europeus”.