//Moedas como Libra do Facebook podem diminuir poder dos bancos centrais

Moedas como Libra do Facebook podem diminuir poder dos bancos centrais

As moedas digitais, como a anunciada Libra, do Facebook, podem “afetar negativamente” a capacidade dos bancos centrais de implementar a política monetária, avisa a Moody’s.

A agência de notação financeira prevê que a Libra “enfrenta uma série de obstáculos regulatórios”, nomeadamente devido à existência de preocupações por parte dos bancos centrais.

“A adoção de novas formas de moeda que caem fora do controlo de um país levantam uma variedade de questões para os emissores soberanos, na medida em que as moedas digitais podem afetar negativamente a capacidade dos bancos centrais nacionais e regionais de implementar a política monetária”, afirma Robard Williams, vice-presidente sénior da Moody’s, citado numa nota divulgada esta segunda-feira.

A Moody’s lembra que o anúncio de criação da Libra, “já atraiu a atenção dos reguladores financeiros globalmente” e que “alguns legisladores norte-americanos foram rápidos em levantar preocupações com a privacidade, enquanto as autoridades nacionais na Europa e na Ásia levantaram preocupações em relação à estabilidade das moedas digitais”.

“O governador do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, sinalizou a intenção do BoE de se envolver com empresas de tecnologia para garantir um tratamento regulatório consistente e, finalmente, permitir que os provedores de pagamento tenham acesso às contas overnight do banco central – tal como os bancos comerciais”, recorda.

O Facebook anunciou a 18 de junho o lançamento da Libra e a criação de uma subsidiária, Calibra, em 2020 para oferecer uma carteira digital para a sua moeda digital, que estará disponível no Facebook Messenger, no WhatsApp, e também como uma aplicação que se pode descarregar.

A tecnológica vai lançar a moeda junto com outras 27 membros fundadores incluindo Visa, Mastercard, Vodafone, Paypal, eBay, Spotify, Uber, Lyft, Booking Holdings. Vai ser criada a Associação Libra, com sede em Genebra, Suíça para gerir a moeda.

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