Luís Montenegro apresentou a sua candidatura à liderança dos social-democratas com as promessas de uma baixa de impostos, IRS, IRC e IVA, e de “devolver o ‘D’ ao PSD”, porque o país já tem “PS a mais”.
O candidato fez um discurso de 40 minutos, dirigido aos militantes, mas também a todos os portugueses, numa sala decorada e com luzes laranja, num espaço junto ao Tejo, em Lisboa, em que falou de tudo, com críticas à estratégia do líder, Rui Rio, ao Governo, passando pela situação mundial e na União Europeia.
O social-democrata revelou que, se for eleito, nas diretas de janeiro de 2020, uma das suas primeiras propostas é de política fiscal e prevê uma baixa de impostos para “impulsionar o crescimento da economia, desafogar a classe média, aumentar os rendimentos das famílias, contribuir para melhorar salários e pensões”.
Luís Montenegro, o ex-líder parlamentar do PSD durante o tempo do Governo PSD/CDS-PP, prometeu uma “redução gradual faseada ao nível do IRS e IRC” e a simplificação do regime do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), de “fusão da taxa intermédia e mais elevada” que estimou não ser “superior a 20%”.
Internamente, falando para o partido e sobre a sua estratégia, o antigo líder parlamentar disse que quer “devolver o ‘D’ ao PSD”, o que causou sorrisos e palmas na sala, porque “o país já tem PS a mais”, o “Estado já tem PS a mais” e não precisa de ter um “PSD subalterno ao PS”.
O ‘D’ do PSD representa, segundo afirmou, o ‘D’ da “democracia, da diferença, da dignidade, desenvolvimento, dinamismo, disrupção”.
Ganhar autárquicas
Luís Montenegro apontou como objetivo o partido vencer as próximas eleições autárquicas, em 2021, a começar pela Câmara de Lisboa. O candidato a líder do PSD o afirmou que, “neste novo ciclo” político o seu objetivo é o partido “liderar o poder local”, “ganhar a maioria das câmaras, a começar pela Câmara Municipal de Lisboa”.
As eleições autárquicas, afirmou, é uma prioridade para a sua liderança, se ganhar as diretas de janeiro de 2020, e será ele próprio, enquanto líder, a coordenar o processo autárquico, ao contrário do que tem acontecido noutras eleições, em que esse papel é desempenhado pelos secretários-gerais, por exemplo.
“Sei bem o que quero para voltar a ganhar em Lisboa. Sei bem qual a estratégia e protagonistas”, disse, sem adiantar mais pormenores.
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