A Comissão de Trabalhadores (CT) do Banco Montepio, antiga Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), decidiu adiar por tempo indefinido a divulgação dos resultados do inquérito feito aos colaboradores.
A decisão foi comunicada esta terça-feira aos trabalhadores do Montepio, através de um comunicado.
“Numa altura em que estão a decorrer procedimentos para a obrigatória adequação da Associação Mutualista ao Código das Mutualidades, eventual reorganização à composição do Conselho de Administração da CEMG e demais temas, partilhamos convosco a decisão de deixar para mais tarde a divulgação dos resultados do inquérito, numa reflexão responsável e determinada, na nossa opinião, pelo melhor para a organização no seu todo”, refere o comunicado.
“Fica o compromisso de ser um adiamento e não uma omissão”, adianta.
O Banco de Portugal pediu, há cerca de um mês, explicações à administração do Montepio sobre o “nível de satisfação muito baixo” dos trabalhadores do banco e a “existência de problemas ao nível da comunicação interna”, noticiou o jornal Público a 19 de outubro.
A ação do supervisor surgiu após uma reclamação apresentada pela CT do Montepio.
O Montepio fazia tradicionalmente inquéritos ao clima social no banco, de dois em dois anos. O último foi realizado em 2016. Em maio de 2018 o banco liderado por Carlos Tavares encomendou uma avaliação externa para aferir o grau de satisfação dos trabalhadores do Montepio. Os resultados não foram divulgados.
A CT decidiu então fazer um inquérito, o que ficou finalizado antes do verão passado. O resultado terá demonstrado um elevado nível de descontentamento interno.
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