//Montepio ainda só recebeu 91 mil euros das misericórdias

Montepio ainda só recebeu 91 mil euros das misericórdias

A Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, e as restantes instituições de economia social que se propuseram adquirir 2% do capital da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) ainda só aplicaram 91 mil euros, do total de 48 milhões previstos pela Associação Mutualista até ao final do ano. Até agora, a meta de aquisição de 2% só foi cumprida em 0,2%. Segundo o Público desta quarta-feira, para além do valor aplicado ser muito mais baixo do que o previsto, o mesmo está a acontecer com o número de instituições.

Do montante até agora aplicado, 75 mil euros saíram da SCML, o restante foi alocado pela União das Misericórdias, em cinco mil euros, e por onze instituições de solidariedade social (IPSS) em 11 mil euros. Assim, conclui-se que os objetivos de entrada no capital do Montepio poderão ficar longe do previsto.

No final de junho foi assinado um acordo para entrada de capital no Montepio, na altura por Tomás Correia, da Associação Mutualista Montepio, Edmundo Martinho da Santa Casa, Manuel Lemos da União das Misericórdias, e João Marques Pereira, da Associação Portuguesa de Mutualidade. Na altura do acordo, Tomás Correia expressou a intenção de fazer chegar 48 milhões de euros à CEMG. Um valor que voltou a ser mais baixo do que os 200 milhões de euros, anunciados por Edmundo Martinho no final do ano passado. Em 2017, o dirigente da Santa Casa lamentou que o valor proposto de 10% por 200 milhões de euros “não tenha sido acarinhado pela esfera política”, o que o obrigou a ter objetivos mais baixos.

Na sequência do acordo, o dirigente da Associação Mutualista, Tomás Correia, e o Presidente da Santa Casa da Misericórdia Edmundo Martinho, criaram fundo de capital de risco financiado por 20% dos lucros da CEMG, que terá como objetivo investir no setor da economia social.

Se até ao final do ano não entrar mais nenhum montante das misericórdias, a meta dos 2% ficará nos 0,004%.

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