A Caixa Económica Montepio Geral quer apostar em zonas de menor densidade populacional e onde alguns bancos estão a diminuir a oferta. O banco liderado por Carlos Tavares irá mesmo abrir dez agências, num programa piloto que servirá como um ensaio dessa estratégia. O objetivo é aproveitar freguesias que têm “potencialidade de clientela” e em que a cobertura é baixa, disse o presidente da instituição na apresentação dos resultados semestrais.
Apesar desse objetivo, Carlos Tavares descartou a ideia de que possa existir uma fusão entre o Montepio e o Crédito Agrícola, uma entidade financeira que, considera, “ganhou muito em ter mantido a proximidade” numa altura em que os maiores bancos reduzem balcões em zonas menos povoadas.
Isto depois do presidente da Associação Mutualista Montepio, Tomás Correia, ter defendido em setembro que Montepio e Crédito Agrícola poderiam juntar-se para criar um “grande banco de retalho”, segundo a Lusa. Carlos Tavares afirmou que “nunca foi favorável a mais concentração no mercado bancário português”. E explicou que as “concentrações têm custos”.
Para executar o objetivo de acrescentar balcões “onde os outros bancos não estão”, Carlos Tavares admite conceder “incentivos” para que os funcionários aceitem eventuais deslocações. Outra das ideias da administração do Montepio é assegurar horários de funcionamento das agências mais flexíveis.
Carlos Tavares referiu que foi estudada a cobertura bancária e as características de 4300 freguesias para decidir as zonas que irão receber a abertura de balcões.
Marca vai mudar. Mas nome Montepio deverá manter-se
Carlos Tavares indicou também que a marca comercial da Caixa Económica irá ser alterada até final do ano. O presidente do banco não indicou qual será o novo nome. Mas valorizou a designação Montepio, indiciando que este nome poderá continuar a fazer parte da marca que será criada.
O Banco de Portugal tem defendido que o Montepio tem de fazer uma distinção clara entre os produtos que são do banco (a Caixa Económica) e do acionista (a Associação Mutualista). Mesmo que o nome Montepio se mantenha, Carlos Tavares garante que haverá uma distinção clara entre o banco e a mutualista.
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