O Banco Montepio iniciou negociações com vista à fusão entre o Finibanco Angola e o angolano Banco de Negócios Internacional (BNI).
“É intenção das partes tentar atrair a participação de parceiros estratégicos internacionais para esta operação, contribuindo assim para a consolidação, reforço e abertura do sistema bancário e financeiro angolano”, refere o Montepio num comunicado divulgado, esta sexta-feira, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
As negociações decorrem entre a Montepio Holding e os acionistas do BNI.
“As autoridades regulatórias angolanas e portuguesas foram informadas deste processo negocial. O desenvolvimento e a conclusão das negociações estão dependentes da tramitação necessária junto dos acionistas e das autoridades angolanas, e, ainda, dos resultados do programa de avaliação de qualidade de ativos do sistema bancário angolano que decorre atualmente em Angola”, adianta.
Acrescenta que “no caso de conclusão bem-sucedida deste processo, o Grupo Banco Montepio cumprirá o objetivo estratégico já anunciado de não consolidação da sua participação no Finibanco Angola”.
O Finibanco Angola tem estado no centro de investigações do Ministério Público e do Banco de Portugal, nomeadamente devido a empréstimos concedidos em 2013, que terão servido para financiar o aumento de capital do Montepio.
O Banco de Portugal também tem pressionado o Montepio a dar informações sobre a sua relação com o núcleo familiar e empresarial do construtor José Guilherme, que ofereceu a Ricardo Salgado – ex-líder do BES – um presente de 14 milhões de euros, segundo o Público.
Em atualização
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