O Banco Montepio terá registado um lucro líquido superior a 20 milhões de euros em 2019, a beneficiar de ganhos extraordinários, o que, a confirmar-se, corresponde a uma subida face ao resultado de 12,6 milhões de euros obtidos no ano anterior.
Excluindo os resultados extraordinários, o banco terá registado prejuízos em 2019.
A notícia é avançada esta segunda-feira pelo jornal Público, que frisa que o banco falhou o novo prazo para divulgar as suas contas anuais. Enquanto outros bancos já estão a apresentar os resultados do primeiro trimestre de 2020, o Montepio foi o único banco que ainda não divulgou as contas anuais de 2019. As contas do Montepio deveriam ter sido divulgadas até 30 de abril.
Segundo o Público, “o Banco Montepio prepara-se para nos próximos dias divulgar as suas contas de 2019, com lucros superiores a 20 milhões de euros”.
O banco liderado por Pedro Leitão – que foi nomeado em Janeiro de 2020 para o cargo de CEO – terá beneficiado em 2019, de “cerca de 13 milhões de euros de lucros da operação angolana, Finibanco Angola; e cerca de 40 milhões de euros fruto da valorização da carteira de dívida pública portuguesa”.
Os resultados do banco já deverão refletir “a imparidade de 40 milhões de euros associada à dívida de 80 milhões de euros das empresas do universo de Isabel dos Santos ao grupo Montepio [em Portugal e em Angola]”.
De acordo com o mesmo jornal, “no terceiro trimestre de 2019, o BM contabilizou, em reservas e resultados transitados, um valor negativo de 959 milhões de euros, o que inviabiliza a distribuição de dividendos pelo accionista, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG)”.
Ainda não foi possível obter um comentário por parte do Montepio.
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