
A agência de notação financeira Moody’s decidiu esta sexta-feira deixar inalterada a classificação da dívida soberana de Portugal em A3, com a perspetiva estável.
“A confirmação da classificação A3 de Portugal reflete a economia competitiva e diversificada do país, bem como o seu nível de vida relativamente elevado”, indica a Moody’s.
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Para a agência de “rating”, a “elevada solidez institucional e de governação também sustenta o seu perfil de crédito”.
“Contudo, a classificação A3 também considera um elevado nível de endividamento e uma robusta capacidade de pagamento da dívida, embora ambos sejam mais fracos em comparação com outros países com classificações semelhantes, apesar das melhorias orçamentais e da dívida nos últimos anos”, aponta a Moody’s.
Já a suscetibilidade ao risco é “moderada e está relacionada com o risco geopolítico”.
No que diz respeito ao “outlook” (perspetiva), este mantém-se estável, o que reflete a avaliação da agência de que os riscos para o perfil de crédito de Portugal “estão equilibrados”.
“Embora a incerteza política tenha aumentado nos últimos anos, com eleições antecipadas repetidas e fragmentação parlamentar, tornando a formulação de políticas mais complexa, esperamos que essas mudanças políticas internas não alterem significativamente a perspetiva de crescimento económico robusto em torno de 2% e de uma nova redução do endividamento público ao longo do período analisado”, conclui a Moody’s.
No Orçamento do Estado para 2026, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026.
O executivo pretende alcançar excedentes de 0,3% do PIB em 2025 e de 0,1% em 2026. Quanto ao rácio da dívida, estima a redução para 90,2% do PIB em 2025 e 87,8% em 2026.
Esta é a última avaliação prevista este ano das agências de “rating” que acompanham Portugal, após a Fitch e a DBRS terem subido a classificação uma vez e a S&P por duas vezes. .
O “rating” é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.











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