//Moody’s sobe rating da CGD, Novo Banco, Santander e BCP

Moody’s sobe rating da CGD, Novo Banco, Santander e BCP

A Moody’s anunciou esta quarta-feira uma melhoria do rating de quatro bancos portugueses. A agência de notação financeira subiu o rating dos depósitos da Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novo Banco e Santander Totta.

Na mesma análise, a Moody’s revela que o rating dos depósitos do Montepio está a ser analisado para uma possível subida. Já a nota do BPI foi reafirmada.

A nota da CGD passou de Ba1/Not Prime para Baa3/Prime, uma nota que reflete “a melhoria do perfil macro em combinação com o progresso do banco no cumprimento do plano estratégico para 2017-2020”. A agência prevê que o perfil de crédito da Caixa e o grau de proteção dos seus credores seniores não vá mudar nos próximos 12 a 18 meses.

O BCP passou de um rating de Ba1 para Baa3, também em resultado da melhoria do perfil macro da economia portuguesa, “o que deverá ajudar o banco a cumprir os seus objetivos estratégicos para 2021”. A Moody’s elogia o trabalho do banco no sentido de reduzir o seu rácio de ativos não produtivos e antecipa que o banco será capaz de manter a trajetória de melhoria do seu perfil de crédito, através da continuada redução do stock de ativos problemáticos.

Já o Santander Totta viu o seu rating melhorar de Baa2 para Baa1, por ter fortalecido o seu perfil de crédito “depois de ter completado com sucesso a integração do Banco Popular”.

O rating do Novo Banco subiu dois níveis, de Caa1 para B2. A Moody’s teve em consideração o progresso do banco na redução dos riscos inerentes ao balanço, nomeadamente na redução de ativos problemáticos. A agência nota, porém, que estes continuam num nível “muito elevado” e que os níveis de rentabilidade do banco permanecem “fracos”.

A agência de rating justifica as subidas dos quatro bancos com a “melhoria do cenário operacional do sistema bancário”, em particular a “significativa desalavancagem do setor privado”.

A revisão em alta dos ratings também reflete, destaca a agência, o novo quadro legal do setor que foi implementado em março, e que dá preferência aos depósitos em vez de priorizar os instrumentos de dívida sénior em caso de resolução do banco.

A Moodys explica ainda que a melhoria do perfil macro de Portugal teve em conta “a redução significativa do peso da dívida do setor privado nos últimos anos”, que caiu 29 pontos percentuais em três anos, estando agora em linha com a média da zona euro.

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