//Moratória do crédito ao consumo termina e insolvências de famílias devem disparar

Moratória do crédito ao consumo termina e insolvências de famílias devem disparar

A experiência do que temos dos outros países é que 20% dos contratos exigem alguma forma de renegociação, e 2 a 3% não conseguiram de todo retomar o pagamento”, concretiza.

O consultor da APB Pedro Fernandes não arrisca previsões, num momento de grande imprevisibilidade sanitária e económica, mas assegura que a última coisa que o sistema financeiro quer é que haja um incumprimento geral das obrigações dos credores − primeiro com os créditos ao consumo, depois com os créditos habitação.

Para evitar ruturas, Pedro Fernandes fala na necessidade de “existir uma renegociação dos contratos, e o produto que começa a ser mais utilizado pelas instituições financeiras é o crédito consolidado (junção de vários créditos, por exemplo habitação e automóvel, com uniformização de prestações e prazos).

A ideia, garante, é a de evitar “a destruição de valor”, porque trata-se de “uma bola de neve”.

Moratória imobiliária privada com fim suave

Há três meses, no fim de março, ocorreu o fim das moratórias privadas do crédito habitação. Até ao momento, o que o mercado mostra é que o impacto foi muito controlado. Ou seja, não há registo fora do normal de perda de casas para os bancos por parte das famílias. É o que diz Ricardo Guimarães, líder do Confidencial Imobiliário (base de dados que junta informação sobre o setor).

“As moratórias foram importantes no início da pandemia para evitar um processo de pânico geral e de efeito rápido sobre o mercado imobiliário, ao nível de preços e de perspetivas gerais de mercado. Ajudou a que se mantivesse estável”, afiança.

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