A empresa asiática HNA anunciou esta sexta-feira que vai vender 9% da posição que detinha na TAP, uma mudança confirmada pelo presidente do Conselho de Administração da transportadora portuguesa, Miguel Frasquilho.
“A TAP, que continua a ser 50% de capital do Estado e 50% de capital privado, a partir de hoje deixou de ter na sua estrutura o acionista chinês HNA. A sua posição foi adquirida pelos acionistas privados Humberto Pedrosa e David Nilman, que continuam a formar o consórcio Atlantic Gateway, portanto os chineses HNA saíram do consórcio.”
Convidado de um almoço-debate no International Club, Frasquilho disse lamentar a partida do grupo asiático. “Posso dizer que é com pena que recebemos esta notícia, mas ela não é inesperada”, assumiu.
No encontro, o presidente da administração sublinhou que 2018 não foi um ano bom para a empresa, “nem em termos operacionais nem em termos de resultados financeiros”, mas contrapôs que antecipa um 2019 mais positivo.
Para este ano, a TAP tem três novas rotas para os EUA e vai receber novos aviões encomendados à Airbus, explicou Miguel Frasquilho.
Reagindo à notícia da venda da sua posição acionista pelo conglomerado asiático HNA, fonte do Ministério das Infraestruturas e da Habitação garantiu que esta “não afeta a posição estratégica do Estado português”.
Mais de metade desta participação indireta na TAP foi vendida à Global Aviation Ventures LLC, um fundo norte-americano de capital de risco especializado no setor da aviação, por 30 milhões de dólares.
O restante passou para as mãos da transportadora aérea brasileira Azul S.A. em troca de 25 milhões de dólares, segundo comunicado enviado à bolsa da China.
Contactado pela Lusa, o Ministério referiu que, “a confirmar-se a venda da posição contratual do acionista chinês, ela não afeta a posição estratégica do Estado português, que se mantém inalterada”.
Quanto à mudança de acionistas, que implica que a Azul fique com posição reforçada na TAP, o executivo garante que “a substituição de um acionista minoritário por um novo acionista norte-americano e por um reforço da posição de um dos atuais acionistas não é um fator negativo para a empresa”.
“Pelo contrário, é um sinal de confiança dos adquirentes no futuro da empresa”, acrescentou a fonte.
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