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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta terça-feira que não existe uma “bala de prata” para responder aos problemas da habitação, nomeadamente aos preços, que classificou como, proibitivos, defendendo o aumento do parque público.
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“Há um trabalho que vai demorar muito tempo e tem a ver com este alargamento, com este aumento do parque público, que continuamos a achar que é a resposta estrutural para o problema. No curto prazo, não ignoramos que é muito difícil resolver um problema que se foi acumulando ao longo de anos”, disse hoje o governante, em declarações aos jornalistas, à margem da colocação da primeira pedra de construção de 70 fogos para realojamento e quatro espaços comerciais no Bairro Padre Cruz, em Lisboa.
Pedro Nuno Santos admitiu que existem “preços proibitivos” em várias cidades do país, nomeadamente em Lisboa.
“Não há uma bala de prata e, portanto, vamos recorrendo a todos os mecanismos que estiverem ao nosso dispor para dar resposta a um problema, que é gigante”, acrescentou.
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O governante garantiu que o Governo vai estudar as melhores práticas europeias, ainda que tenha frisado que Portugal tem a “sua história”.
“O congelamento dos preços marcou de forma relativamente perversa a forma como fomos dando resposta às necessidades de habitação da nossa população, que não devia ter sido feita às custas do setor privado, mas deveria ter sido resposta pública”, justificou.
A posição de Pedro Nuno Santos foi transmitida após o lançamento da primeira pedra de construção que marca o início das obras de reabilitação urbana no bairro Padre Cruz, num investimento de 6,2 milhões de euros.
O arranque da intervenção no bairro Padre Cruz, na freguesia lisboeta de Carnide, foi assinalado hoje também pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que defendeu que “a prioridade das prioridades” do executivo camarário é a habitação.
“A habitação e o problema da habitação em Portugal e em Lisboa só pode ser resolvido se todos trabalharmos no mesmo sentido. Isto é o público, o privado, são também as cooperativas que temos de trazer de novo a Lisboa porque é realmente um problema muito complexo”, disse.
Estiveram ainda presentes na cerimónia, que incluiu a assinatura dos contratos de adjudicação, um para a construção das 70 casas municipais e cinco para a reabilitação dos 146 fogos dispersos geridos pela Gebalis, a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e a vereadora da Habitação, Filipa Roseta.
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