O ministro da Economia afirmou esta sexta-feira que não está previsto prolongar as moratórias bancárias e que durante o primeiro semestre de 2021 deverão existir “soluções sistémicas” para reforçar os capitais próprios das empresas.
Pedro Siza Vieira falava na audição conjunta das comissões de Orçamento e Finanças e Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
“Não pensamos prorrogar as moratórias bancárias”, afirmou o ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, em resposta a uma questão sobre o assunto do deputado do CDS-PP João Gonçalves Pereira.
“Pensamos que durante o primeiro semestre do próximo ano, à medida que conhecemos a situação das empresas com o fecho de contas, devemos ter soluções sistémicas para reforçar os capitais próprios das empresas e também para começar a lidar com os problemas de reestruturação e de liquidação”, acrescentou.
Em 24 de setembro, o Conselho de Ministros decidiu prolongar por mais seis meses, até 30 de setembro de 2021, o prazo das moratórias de crédito às famílias e empresas que terminava em 31 de março.
As moratórias bancárias, que suspendem o pagamento das prestações dos empréstimos bancários (capital e/ou juros), já tinham sido alargadas pelo Governo até 31 de março de 2021, que depois prorrogou por mais seis meses.
Desde abril que milhares de clientes não estão a pagar os créditos aos bancos, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos empréstimos, criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de Covid-19.
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