//NAS do Koweit quer comprar 50,1% da Groundforce

NAS do Koweit quer comprar 50,1% da Groundforce

A National Aviation Services (NAS), do Koweit, selecionada para a fase final das negociações para a compra da Groundforce, tal como o Dinheiro Vivo noticiou em primeira mão, “irá adquirir 50,1% das ações da empresa” de assistência em terra ao transporte aéreo, assim que o plano de insolvência seja aprovado, anunciou esta segunda-feira a multinacional do Médio Oriente. Fica defeita a dúvida se a NAS estaria interessada ou não em ficar com a totalidade do capital. Assim, a TAP vai manter-se como acionista minoritária com uma participação de 49,9%. A Swissport ficou fora da corrida à aquisição da Groundforce.

Se o negócio se confirmar, “será um grande momento para a NAS”, porque irá marcar “a primeira entrada do grupo no setor europeu de assistência em terra”, afirmou o presidente executivo da NAS, Hassan El-Houry.

“Ainda em fase de negociações finais com as várias partes interessadas, a NAS espera conseguir um alinhamento de interesses com os credores, trabalhadores, TAP e regulador, permitindo uma visão de longo prazo para a SPdH/Grounforce”, destacou o grupo, sublinhando que o objetivo é garantir “uma relação construtiva” com os sindicatos representativos dos trabalhadores. Recorde-se que ao DV, o Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (SITAVA) mostrou-se otimista quanto ao investidor selecionado.

O presidente executivo do grupo NAS, Hassan El-Houry, considerou ser “uma honra para a NAS ter sido selecionada para o concurso da Groundforce Portugal”. E acrescentou: “Estamos entusiasmados com as oportunidades que isso nos traz para melhorar os serviços de assistência em terra e carga nos diferentes aeroportos de Portugal”.

Com “uma longa experiência em serviços de aviação, concretamente na assistência em terra e na gestão de carga”, o grupo afirmou que, entre os seus clientes, estão “algumas das principais companhias aéreas do mundo – British Airways, Lufthansa, Air France/KLM, Qatar Airways, Emirates e Ethiopian Airlines”. O grupo opera em 23 países e em mais de 55 aeroportos no Médio Oriente, Ásia e África, com mais de 8 000 funcionários.

O “período de negociações exclusivas que agora se iniciará deverá permitir que, no decurso das próximas semanas, se vejam fechados todos os termos e condições em que se fará esta capitalização, visando, depois, avançar com as negociações junto dos credores, para elaboração da proposta de plano de insolvência que se verá submetida à votação”, afirmaram, a 28 de julho, num comunicado dirigido aos trabalhadores, os administradores de insolvência da Groundfource.