O valor de investimentos por empresas aprovados em Portugal no atual quadro comunitário de fundos europeus alcançou os 11 mil milhões de euros, com a execução dos programas a atingir 60%, informou esta sexta-feira o ministro do Planeamento, Nelson de Souza.
Segundo o ministro, o nível aplicado com suporte nos fundos da União Europeia (4,2 mil milhões de euros vindos de Bruxelas), constitui “uma carteira que inclui investimentos de mais de mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento”, abrangendo “muitas empresas médias”, com novos processos e produtos “quase todos eles orientados para a exportação”. E acontece apesar de ter sido fixada “uma agenda de critérios de seletividade para apoiar as empresas” que tem sido alvo de queixas.
Mas, segundo o governante agora responsável pela negociação dos fundos estruturais e de coesão para 2030, “a carteira de projetos aprovados é a melhor prova de que as empresas portuguesas aderiram de forma muito substantiva a esta agenda de seletividade”.
Com mais de quatro mil milhões de euros programados, mas ainda por executar, o ministro considerou que o investimento reunido – também aliado a financiamento bancário e, nalguns casos, capitais próprios – oferece “trunfos para reclamar a necessidade de continuarmos a dispor de novos fundos estruturais para continuar a apoiar estas ideias, porventura com maior exigência, mas porventura também com maior ambição”.
Sem acordo europeu ainda quanto ao próximo plurianual de fundos, Nelson de Souza considerou que a Europa “corre o risco de não vir a ter [o quadro] operacional num período que adivinhamos não ser propriamente de tempos fáceis”, aludindo ao facto de algumas economias europeias, como a alemã, estarem em dinâmica de recuo.
“É absolutamente essencial que a Europa decida rápido, sem egoísmo, e de acordo com as suas ambições”, defendeu o governante, acolhendo as novas prioridades da Comissão de Ursula von der Leyen – combate às alterações climáticas e transição digital, de resto, na agenda e orgânica deste novo governo. Segundo o ministro, são importantes novas prioridades, mas a União não deve abdicar do seu “coração”. Ou seja, apoiar a convergência entre as diferentes realidades económicas europeias.
No total, entre empresas e outras entidades – como autarquias, por exemplo – o Portugal 2020 garantiu 22,4 mil milhões de euros que vão suportar um total de investimentos de 34 mil milhões de euros.
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