//Nem a descida da energia trava a inflação, que volta a ficar acima de 2%

Nem a descida da energia trava a inflação, que volta a ficar acima de 2%

A estimativa rápida divulgada esta segunda-feira mostra que os preços estão a subir, mais uma vez, depois da forte descida registada em agosto. O Índice de Preços no Consumidor acelerou para 2,1%, em termos homólogos, o que representa um aumento de 0,2 pontos percentuais, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os preços dos bens e serviços subiram 1,6%, face ao mês anterior e colocaram a taxa de inflação homóloga acima da barreira dos 2%.

Ainda não há informação discriminada, por bem e serviço, mas o INE descarta que este aumento esteja relacionado com o preço dos bens alimentares e energéticos.
Descontando os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de inflação acelerou para 2,8%, o que compara com a taxa de 2,4% registada em agosto.

A taxa de inflação dos produtos energéticos continua a diminuir. Desceu para -3,5% (-1,4% no mês anterior), sobretudo com a redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-1,0%), associada ao aumento registado em setembro de 2023 (3,2%).

Nos produtos alimentares não transformados, a inflação acelerou para 0,9%, contra 0,8% em agosto, enquanto a taxa de inflação dos produtos alimentares transformados registou uma variação homóloga de 4,3%, que compara com os 4,6% em agosto.

Contas feitas, a taxa de inflação média, que representa a inflação homóloga dos últimos 12 meses, passou de 2,3% em agosto para 2,2% em Setembro, o que mantém uma tendência de descida. Sem a habitação (a taxa que serve de referência para a atualização de pensões e rendas) passou de 2,2% para 2%.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que compara com os restantes países europeus e inclui os bens e serviços pagos por não residentes, acelerou para 2,6%, quando em agosto foi de 1,8%.

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