
A Nissan vai cortar a produção do modelo mais vendido nos Estados Unidos, o Suv Rogue. É o que avança a agência Reuters, que cita fonte próxima.
Em causa está um corte de 13 mil unidades, entre maio e julho, na produção japonesa. A construtora automóvel, a terceira maior do Japão, reavaliará esta medida depois de julho.
Com esta decisão, a Nissan torna-se a mais recente marca automóvel a ajustar a produção às novas tarifas norte americanas.
A Nissan está particularmente exposta à política comercial de Donald Trump, uma vez que os Estados Unidos são o principal mercado da marca. No último ano, foram o destino de mais de um quarto dos veículos, muitos deles fabricados no Japão ou no México.
O corte agora previsto equivale a mais de um quinto dos 62.000 Rogues vendidos nos Estados Unidos, nos primeiros três meses deste ano. Esta redução da produção irá afetar a maior fábrica da Nissan no Japão, em Kyushu, que reduzir o horário de trabalho durante três meses.
No início da semana, o Presidente norte-americano admitiu alterar as tarifas no setor automóvel, porque a indústria precisa de “mais tempo”. Em comunicado, a Nissan anunciou que está comprometida em encontrar as melhores soluções, que se adaptem às mudanças do mercado, dando prioridade à força de trabalho e às capacidades de produção.
“A nossa abordagem será cuidadosa e deliberada, à medida que lidamos com os efeitos imediatos e de longo prazo”, afirmam.
No último ano, a Nissan vendeu quase 246 mil modelos da Rogue nos EUA, este modelo representa mais de um quarto das vendas totais da marca no país. A Nissan também tem uma fábrica em Smyrna, Tennessee, onde produz modelos Rogue. Tinha admitido cortar aqui a produção mas acabou por optar por um corte no Japão.
Esta não é uma decisão única, a Stellantis, que controla a Chrysler, já anunciou a suspensão da produção no México e no Canadá, com impacto em cinco instalações nos Estados Unidos e a demissão temporária de 900 trabalhadores americanos.
A Honda prepara-se para fabricar o Civic híbrido de próxima geração no estado americano do Indiana, em vez do México, para evitar potenciais tarifas.
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