//Nobel da Economia defende taxa mínima de 25% para as multinacionais

Nobel da Economia defende taxa mínima de 25% para as multinacionais

O economista Joseph Stiglitz defendeu este domingo uma taxa de 25% na tributação do lucro das multinacionais e, simultaneamente, classificou de “iniciativa fantástica” o acordo dos países do G20 que prevê um imposto de “pelo menos 15%”.

“Acho que deveria ser 25%, mas a política é a arte do compromisso. Espero que eles cheguem a pelo menos 20%”, disse Stiglitz numa entrevista à Afp realizada à margem do Fórum Ambrosetti, que decorre na cidade italiana de Cernobbio e que é organizado pela consultora The European House – Ambrosetti.

O Prémio Nobel da Economia referiu também que “o governo francês apoiou a formulação de “pelo menos 15%”” e que achava que 15% “era demasiado baixo” para acabar com a “corrida ao desincentivo fiscal”.

Os países do G20 (o grupo das 19 economias mais desenvolvidas mais a União Europeia) chegaram a um acordo político, em Veneza, em julho deste ano, sobre a implementação de um novo mecanismo de tributação para as empresas multinacionais, que vai abranger 130 países e jurisdições, uma reforma que deverá ser implementada a partir de 2023.

O acordo, negociado sob a égide da Organização do Comércio e Desenvolvimento Económico (OCDE), visa introduzir um imposto global de “pelo menos 15%” sobre os lucros das multinacionais, evitando que estas fujam aos impostos ou desviem os seus lucros para paraísos fiscais, nomeadamente as que funcionam com base digital.

Assim, passaria a haver um imposto mais equitativo, abrangendo as multinacionais, sobre os gigantes digitais, que são os campeões da otimização fiscal.