//Novas sanções à Rússia já estão a ser discutidas em Bruxelas

Novas sanções à Rússia já estão a ser discutidas em Bruxelas

Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia (UE) estão reunidos em Bruxelas, para discutir a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia e preparar o Conselho Europeu extraordinário de hoje à noite, com novas sanções sobre a mesa.

A presidência francesa do Conselho da UE anunciou, na sua conta oficial na rede social Twitter, que o Comité de Representantes Permanentes (Coreper) está reunido desde as 09:00 locais, 08:00 de Lisboa, para “fazer o ponto de situação em matéria de segurança no leste da Europa” e “preparar a reunião extraordinária do Conselho Europeu desta noite”.

A cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE, com início agendado para as 20:00 de Bruxelas (19:00 de Lisboa), foi convocada de urgência na quarta-feira pelo presidente do Conselho Europeu, mas ainda antes de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada de madrugada.

Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, deverão assim discutir a adoção de um novo pacote de sanções da UE à Rússia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já prometeu hoje de manhã que serão “pesadas”.

“Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz e responsabilizaremos o Presidente Putin por isso, pelo que, ainda hoje, apresentaremos um pacote de sanções pesadas e direcionadas aos líderes europeus”, anunciou Ursula von der Leyen.

Numa curta declaração à imprensa em Bruxelas, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.