A maioria dos clientes do Novo Banco não aderiu à moratória no crédito à habitação, com 85% das famílias a continuar a pagar integralmente as prestações da casa ao banco.
Desde que começou a disponibilizar a suspensão do pagamento das prestações do crédito à habitação, em março deste ano, no âmbito da epidemia, o banco concedeu 36.642 moratórias aos clientes. Em causa estão contratos que representam cerca de 2.150 milhões de euros.
“É de salientar as famílias que, mesmo num contexto adverso, mantiveram as suas responsabilidades no pagamento das prestações e que representam 85% do total de contratos de crédito habitação no Novo Banco”, refere o banco num comunicado divulgado esta quarta-feira.
“A concessão de moratórias do crédito habitação, que vigora até dia 31 de março de 2021, é crucial, principalmente devido ao aumento significativo dos lay offs que têm vindo a afetar em larga medida o rendimento das famílias portuguesas”, adianta.
O Novo Banco já tinha divulgado no dia 31 de julho, com as contas do primeiro semestre, que concedeu mais de 38 mil moratórias representadas por contratos num valor de 6,8 mil milhões de euros.
Está em vigor uma moratória pública para o crédito à habitação e crédito a empresas e duas moratórias privadas – do setor da banca e do crédito ao consumo – para minimizar os impactos da grave crise económica provocada pelo confinamento forçado da população.
Os consumidores podem aderir às moratórias até ao final de setembro. A suspensão do pagamento das prestações do crédito duram até ao final de março de 2021.
Entre março e junho os bancos concederam moratórias a 741 623 empréstimos.
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