//Novo Banco: Banco de Portugal garante que minimizou uso “de recursos públicos”

Novo Banco: Banco de Portugal garante que minimizou uso “de recursos públicos”

Num comunicado hoje divulgado, o banco central indicou que na resposta que remeteu ao TdC “no âmbito do exercício de contraditório” apresentou “várias evidências de que a atuação das entidades públicas” nesta matéria “salvaguardou o interesse público” e “promoveu a minimização do uso de recursos públicos”, graças a “mecanismos contratuais acordados na venda do Novo Banco” e a “um controlo público eficaz, em particular através da ação do Fundo de Resolução na execução dos acordos”.

O Tribunal de Contas disse hoje que o Estado e o Banco de Portugal não asseguraram um “controlo público eficaz” no Novo Banco, falhando assim em salvaguardar a “minimização do recurso ao apoio financeiro público” ao banco.

Em resposta, o BdP defendeu que “na resolução do BES, na venda do Novo Banco e no controlo público da execução dos contratos de venda, o interesse público, apropriadamente avaliado em todas as dimensões consagradas na lei, foi salvaguardado, inclusive quanto à minimização do uso dos recursos do Fundo de Resolução”.

A entidade liderada por Mário Centeno considera que, “na análise que realizou, o Tribunal de Contas utilizou uma definição própria e restritiva do interesse público que não corresponde ao conceito previsto na lei, nem mesmo à definição utilizada na primeira avaliação do Tribunal de Contas, publicada em 2021”, acrescentando que, na auditoria, esta entidade “avalia a salvaguarda do interesse público exclusivamente com base no critério de minimização do uso dos recursos do Fundo de Resolução e não com base nos diversos critérios que, nos termos da lei, concorrem para o interesse público”.

De acordo com o BdP, “a avaliação realizada não tem em consideração o facto de através dos recursos financeiros disponibilizados pelo Fundo de Resolução” ter sido “assegurada a continuidade dos serviços financeiros prestados pelo BES e, posteriormente, pelo Novo Banco”.

Além disso, refere, foi “preservada a estabilidade financeira, acautelado o risco sistémico e protegida a confiança dos depositantes” e dado “cumprimento aos acordos de venda do Novo Banco e aos compromissos assumidos pelo Estado perante a Comissão Europeia, o que possibilitou o retorno do Novo Banco à viabilidade”.