O presidente do Novo Banco, António Ramalho, afirmou esta sexta-feira que pretender “limpar o banco” em 2020, com vista à sua recuperação, mas não afasta que venha a ser pedida nova injeção de capital ao Fundo de Resolução.
Lembrou que o banco ainda não esgotou o limite de 3,89 mil milhões de euros previsto no mecanismo de capital contingente acordado com o Estado na altura da venda da instituição em 2017.
O banco confirmou hoje que vai pedir mais 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução para cobrir falhas de capital devido a perdas registadas com a venda de ativos tóxicos do BES. Eleva para 2,98 mil milhões de euros o total de injeções de capital feitas no banco pelo Fundo de Resolução – que é estatal, sendo gerido pelo Banco de Portugal.
“A César o que é de César, a Deus o que é de Deus”, afirmou António Ramalho na conferência de apresentação dos resultados do banco, em Lisboa, explicando que caberá aos acionistas a decisão final.
“Os acionistas poderão sempre tomar as decisões que quiserem”, disse, lembrando que “o mecanismo (de capital contingente) está em vigor até 2026”.
O CEO do Novo Banco afirmou, durante a conferência de imprensa, que os 2,98 mil milhões de euros pedidos ao Fundo de Resolução desde a venda do banco, correspondem ao “valor mais baixo dos três agregados solicitáveis para efeitos de capitalização”.
Frisou que “ficam aquém do valor que estava previsto nos acordos públicos realizados ente o Estado português, o Banco Central Europeu e a União Europeia, em todos os cenários aí previstos”. E afirmou que os montante que já foram pedidos são “o capital necessário para o cumprimento dos rácios exigíveis”.
Lembrou que, somando os 2,98 mil milhões de euros pedidos ao Fundo de Resolução desde 2017 aos 1.000 milhões de euros recebidos no processo de venda do banco e aos 500 milhões de euros da operação de troca de obrigações LME (Liability Management Exercise), resulta numa capitalização do Novo Banco de 4,5 mil milhões de euros.
Atualizada com mais informação às 18H31
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