//Novo Banco pede mais 1,15 mil milhões ao Fundo de Resolução

Novo Banco pede mais 1,15 mil milhões ao Fundo de Resolução

O Novo Banco vai fazer mais uma chamada de capital ao Fundo de Resolução. Depois de ter reportado prejuízo de 1,4 mil milhões de euros em 2018, a instituição liderada por António Ramalho vai solicitar mais 1,15 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução.

“Em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos legacy, o Novo Banco irá solicitar uma compensação de 1149M€ ao abrigo do atual Mecanismo de Capital Contingente (CCA). Este montante decorre em 69% das perdas assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do IFRS 9”, refere a instituição financeira num comunicado enviado à CMVM.

O valor que será solicitado pelo banco liderado por António Ramalho é superior ao que o governo deixou de lado no Orçamento do Estado. Foram inscritos 850 milhões para financiar o Fundo de Resolução para que este injecte capital no Novo Banco.

O Novo Banco detalha que “o valor das compensações relativamente a 2017 e 2018 totalizam 1,9 mil milhões de euros que compara com o montante máximo estabelecido no CCA de 3,89 mil milhões de euros”. Na conferência de imprensa sobre os resultados, António Ramalho detalhou que 55% das solicitações feitas ao Fundo de Resolução têm a ver com perdas e 45% “com exigências regulatórias de capital”.

Na venda do banco à Lone Star, em outubro de 2017, o fundo americano Lone Star pagou mil milhões de euros pelo Novo Banco. Mas em troca o Fundo de Resolução comprometeu-se, num mecanismo de capital contingente, a fazer pagamentos ao banco liderado por António Ramalho caso houvesse perda num determinado conjunto de ativos que afetasse a capitalização do Novo Banco. O limite máximo dessas injeções de capital é de um total de 3,89 mil milhões.

No ano passado, o Fundo de Resolução disponibilizou 792 milhões de euros ao Novo Banco. Os recursos do Fundo de Resolução deveriam ser disponibilizados pelos bancos. Mas a dimensão das despesas nos últimos anos levou esta entidade a recorrer a empréstimos do Tesouro.

No ano passado, o Estado teve de conceder um empréstimo de 430 milhões de euros para que o Fundo injetasse dinheiro no Novo Banco. Aquando da resolução do BES, houve um empréstimo de 3,9 mil milhões por parte do Tesouro.

Atualizado às 17.15 com mais informação

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