O Novo Banco reportou um prejuízo de 1,4 mil milhões de euros. Mas a instituição liderada por António Ramalho indica que, excluindo o legado negativo do BES e em termos recorrentes, o resultado antes de impostos teria sido positivo em 2,2 milhões de euros.
“Em 2018 o Grupo Novo Banco deu especial enfoque ao negócio doméstico e ibérico e novas iniciativas comerciais, assente no crescimento e na maior rendibilidade dos seus ativos, conduzindo a um resultado positivo antes de impostos de +2,2 milhões de euros, que evidencia uma recuperação face aos prejuízos registados em 2017 de -311,4 milhões de euros”, indica o banco no comunicado sobre as contas anuais.
Mas com o que o Novo Banco considera ser ainda o legado do BES os números são bem diferentes. “No Novo Banco Legacy o resultado antes de impostos foi negativo em -715,2 milhões de euros, influenciado pelo processo de desalavancagem em ativos não estratégicos”.
As vendas de crédito não produtivo e de imóveis pesaram 234 milhões de euros nas contas. O Novo Banco indica que teve de fazer “imparidades adicionais que tiveram de ser reforçadas no exercício para clientes legacy (224 milhões de euros) e das provisões para o programa de reembolso antecipado de passivos (com taxas elevadas) no valor de 27,6 milhões de euros”.
António Ramalho diz que em base comparável, excluindo a receita encaixada com o mecanismo de capital contingente incluída nas contas de 2017, os resultados consolidados passaram de um prejuízo de 2,3 mil milhões para 1,4 mil milhões de euros.
As contas do Novo Banco Legacy “engloba créditos sobre clientes, integrando não só os créditos incluídos no Mecanismo de Capital Contingente (cerca de 92% do total da carteira de crédito legacy), bem como outros créditos, títulos, imóveis (non-yielding) e operações descontinuadas considerados, na sua maioria, como não estratégicos”, diz a instituição.
Já os resultados recorrentes representam 78% do total do ativo, segundo o Novo Banco.
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