//Novo Banco: PSD requer dados de avaliação da Tranquilidade antes da venda à Apollo

Novo Banco: PSD requer dados de avaliação da Tranquilidade antes da venda à Apollo

Segundo o requerimento a que a Lusa teve acesso, os sociais-democratas entendem que “no seguimento da inquirição do Dr. João Moreira Rato ficou claro que a venda da Tranquilidade constitui uma primeira grande questão na venda de ativos aparentemente abaixo do seu valor real”.

Assim, depois de ter sido ouvido o antigo administrador financeiro do BES e Novo Banco, o PSD requer “ao Banco de Portugal o relatório do ETRICC 2 [análise aos grandes devedores à banca] que se refere à avaliação da Tranquilidade em 2014”.

O partido liderado por Rui Rio pede ainda acesso à Tranquilidade das “projeções económicas da companhia elaboradas em 2014 no momento prévio à venda da empresa à Apollo e, ainda, cópia dos Relatórios e Contas de 2014 a 2019”.

No requerimento, o PSD lembra que na audição a João Moreira Rato foi dito que a avaliação realizada pelo BESI [BES Investimento] no âmbito do ETRICC 2 “estaria provavelmente desajustada face aos múltiplos de mercado”.

“Este é um aspeto muito relevante para se perceber qual era o ponto de partida na avaliação da empresa, para depois se comparar com a venda à Apollo e melhor perceber a evidente maisvalia que o investidor privado conseguiu ganhar em poucos anos”, entendem os sociais-democratas.

O Novo Banco não era proprietário da companhia, mas detentor de um penhor da Partran em garantia de um crédito da Espírito Santo Financial Group (ESFG), perante cujo incumprimento “foi possível ao Novo Banco promover à venda da empresa à Apollo, conseguindo ressarcir-se em parte do crédito dado à ESFG”, lembra o PSD.