//Novo Banco. Sindicato pede explicações sobre impacto nos trabalhadores

Novo Banco. Sindicato pede explicações sobre impacto nos trabalhadores

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) pediu uma reunião ao presidente do Novo Banco para que António Ramalho esclareça os compromissos com a Comissão Europeia e o impacto nos trabalhadores.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o SNQTB diz que pediu uma reunião a António Ramalho na sequência das últimas notícias sobre a auditoria da Deloitte e da audição parlamentar em sede de Comissão Especializada de Orçamento e Finanças, “com vista a obter esclarecimentos sobre o futuro da instituição financeira”.

O sindicato quer perceber “o grau de cumprimento dos compromissos com a DGComp (Direção-geral de Concorrência da Comissão Europeia) e o impacto que terá na dimensão do Novo Banco, nomeadamente no que respeita ao seu quadro de pessoal, cobertura geográfica, serviços financeiros e segmentos de mercado”.

NO comunicado, o SNQTB diz ter conhecimento “que, nas últimas semanas, o Novo Banco tem vindo a apresentar propostas de reforma antecipada e de rescisão de contratos de trabalho por acordo a um conjunto de trabalhadores”.

O presidente do SNQTB, Paulo Gonçalves Marcos, citado no comunicado, afirma que “em momento algum os trabalhadores poderão ser coagidos” a aceitar as propostas da instituição bancária.

“Tal configuraria assédio moral, conduta sujeita a enquadramento contraordenacional laboral e criminal, reservando o SNQTB o direito de acionar os mecanismos legais apropriados para a defesa dos direitos dos seus associados”, sublinha Paulo Gonçalves Marcos.

O SNQTB quer ainda ver esclarecida “a informação sobre o facto de o Novo Banco comunicar o encerramento de balcões e subsequentes transferências de local de trabalho, sem notificar os trabalhadores com a antecedência de 30 dias sobre o seu novo local de trabalho, dever que decorre do Acordo Coletivo de Trabalho”.

Para o presidente do sindicato, “as ações do Novo Banco não se coadunam com as recentes declarações do presidente do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco sobre os trabalhadores, destacando o seu profissionalismo, brio e empenho”.

Paulo Gonçalves Marcos realça “os sacríficos dos trabalhadores” e o encerramento de 308 balcões que levou a que “mais de 3.000 trabalhadores” cessassem o seu contrato de trabalho.

O presidente do SNQTB sublinha ainda que está por resolver “o vergonhoso caso do despedimento coletivo de 2016, que esta administração, eficiente a resolver o legado pretérito dos créditos em incumprimento, não tem tido efetiva vontade de atalhar”.

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