//Novo Banco vai pagar 1,1 mil milhões de euros em dividendos a acionistas

Novo Banco vai pagar 1,1 mil milhões de euros em dividendos a acionistas

Os acionistas do Novo Banco recebem dentro de um mês os 1.100 milhões de euros em dividendos a distribuir na sequência da redução de capital aprovada na segunda-feira em assembleia-geral, avançou esta terça-feira o administrador financeiro (CFO).

“Esse dinheiro sairá do banco dentro de 30 dias, a partir de hoje, e será pago aos nossos acionistas”, afirmou Benjamin Dickgiesser durante uma conferência telefónica com analistas para apresentação dos resultados do primeiro trimestre do Novo Banco.

O Novo Banco anunciou na segunda-feira a aprovação, em assembleia-geral de acionistas, de uma redução do capital em 1.100 milhões de euros, que vai ser distribuído pelos acionistas sob a forma de um dividendo de 2,20 euros por ação.

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“O Novo Banco informa que foi aprovada uma redução de capital social no montante de 1.100 milhões de euros, com o objetivo de libertar excesso de capital”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Relativamente aos resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano, em que o lucro do Novo Banco recuou 1,9% para 177,2 milhões de euros, o presidente executivo (CEO) do banco considerou que são números “muito consistentes”.

“Penso que se trata claramente de um conjunto muito sólido de resultados. Quando olhamos para o balanço e para a demonstração de resultados, estamos a progredir e a cumprir os objetivos em todas as frentes e categorias”, afirmou Mark Bourke.

O CEO referiu, nomeadamente, o crescimento registado “em todas as principais carteiras de crédito, hipotecário e ao consumo”, assim como nas comissões e na base de depósitos.

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O Novo Banco teve lucros de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 1,9% do que nos primeiros três meses de 2024, divulgou ainda o banco em comunicado.

A margem financeira (diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) desceu 6,7% para 279,1 milhões de euros, enquanto as comissões aumentaram 12,3% para 84,3 milhões de euros.

O banco disse que a redução das receitas (o produto bancário comercial caiu 2,8% para 363,4 milhões de euros) ocorreu dentro das expectativas, num contexto de redução das taxas de juro, e que o aumento das comissões foi suportado no aumento do volume de crédito e dos clientes.

Ainda no primeiro trimestre, os custos operativos subiram 5,3% para 125,2 milhões de euros. Dentro destes, os custos com pessoal aumentaram 8,1% para 68,4 milhões de euros.

Foram registadas imparidades e provisões líquidas de 12,3 milhões de euros, metade do valor contabilizado no primeiro trimestre de 2024.

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