//Novo Banco vende carteiras de crédito e imóveis com valor de 800 milhões

Novo Banco vende carteiras de crédito e imóveis com valor de 800 milhões

O Novo Banco concluiu a venda de duas carteiras de ativos. Em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição revela que fechou a venda do “Projeto Albatroz” à Waterfall Asset Management L.L.C., “uma sociedade gestora de ativos sediada em Nova Iorque”.

O “Projeto Albatroz” é composto por crédito malparado e ativos imobiliários, e tem um valor bruto contabilístico total de 308 milhões de euros.

Além desta carteira, o Novo Banco assinou também um contrato-promessa para a venda do “Projeto Sertorius“. Este será comprado por “entidades indiretamente detidas por fundos geridos pela Cerberus Capital Management, L.P., uma sociedade sediada em Nova Iorque”, lê-se na nota enviada ao regulador do mercado.

A carteira associada ao “Projeto Sertorius” é composta por” 195 imóveis agregados, que se traduzem em 1.228 unidades individuais, com usos industrial, comercial, terrenos e residencial, incluindo estacionamentos”. Está avaliada em 487,8 milhões de euros.

Segundo o banco, “após a concretização da venda, a gestão da carteira será realizada por um servicer de referência em Portugal na gestão deste tipo de ativos, que irá incorporar nos seus quadros até 13 colaboradores do Novo Banco”.

O Novo Banco estima que as duas transações estejam concluídas até ao final do ano, “assim que reunidas todas as condições associadas à sua formalização”. Os valores de venda das duas carteiras não foram revelados.

Com a conclusão destas vendas o banco ressalva que foi dado “mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos”.

O Novo Banco anunciou na passada sexta-feira um prejuízo de 400 milhões de euros no primeiro semestre. A instituição prevê que terá de pedir, pelo menos, mais 541 milhões de euros ao Fundo de Resolução.

Na justificação dos resultados negativos, o Novo Banco remeteu para “perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius [imóveis], o projeto Albatroz em Espanha e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 340 milhões de euros”.

Ver fonte