
A dinamarquesa Novo Nordisk, fabricante do popular medicamento para perda de peso Wegovy e do Ozempic, anunciou esta quarta-feira que vai despedir 9.000 trabalhadores.
O objetivo da medida é tentar relançar o crescimento e enfrentar a crescente concorrência da farmacêutica norte-americana Eli Lilly, bem como de versões genéricas do seu fármaco.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
A reestruturação — que representa o maior despedimento coletivo da história da Dinamarca — deverá permitir uma poupança anual superior a mil milhões de euros.
Da euforia à crise
A medida surge num momento em que a Novo Nordisk tenta recuperar a sua posição de liderança nos mercados da obesidade e da diabetes, agora sob a direção de um novo CEO, após ter sido ultrapassada pela rival Eli Lilly.
O crescimento das vendas estagnou e as ações da empresa caíram drasticamente, com uma perda de valor de mercado de 385 mil milhões de dólares desde meados do ano passado — um duro golpe para a economia dinamarquesa.
Esta quarta-feira, a farmacêutica divulgou o seu terceiro alerta de lucros do ano, citando custos únicos no valor de 1,2 mil milhões de euros associados à reestruturação.
“Precisam de voltar a conquistar a confiança dos investidores com uma narrativa de crescimento convincente para o futuro”, afirmou Lukas Leu, gestor de carteiras na ATG Healthcare e acionista da Novo Nordisk.
“O mercado da obesidade foi mal interpretado. É muito mais impulsionado pelo consumidor do que se pensava, e a Novo expandiu a sua estrutura organizacional demasiado depressa”, acrescentou.
O ministro dinamarquês das Finanças, Nicolai Wammen, afasta nuvens negras e garante que a economia do país continua robusta apesar dos cortes na Novo Nordisk.
Deixe um comentário