O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,2% em fevereiro face a janeiro, após sete meses consecutivos de aumentos. Contudo, o número subiu 4,9 em termos homólogos.
Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) são menos 4.045 pessoas em situação de desemprego, mas mais 15.363 pessoas em comparação com o mesmo período em 2023.
O número de desempregados inscritos estava a aumentar há sete meses consecutivos em cadeia e há oito meses em termos homólogos.
Sobre os dados divulgados esta quarta-feira pelo IEFP, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indica que o crescimento homólogo do desemprego em fevereiro resulta do “aumento da população ativa”.
O número de desempregados inscritos “é o terceiro mais baixo no mês de fevereiro dos últimos 20 anos (apenas superior a 2020 e 2023)”, acrescenta o gabinete.
O desemprego de longa duração (pessoas inscritas há mais de um ano) atingiu o valor mais baixo desde que há registo, com uma diminuição de 2,3% (menos 2.765 pessoas) relativamente ao mês anterior e uma queda de 4,1% (menos 4.926 pessoas) em termos homólogos, representando 35% do desemprego registado (38,3% no mês homólogo de 2023).
Já o desemprego jovem registou um aumento, com mais 879 jovens face ao mês homólogo de 2023, refere o ministério.
“Estes são resultados muito positivos, que confirmam a estabilização do desemprego em valores mínimos deste século, mesmo com os desafios que enfrentámos a partir de 2020, com uma pandemia, uma guerra e a escalada da inflação” destaca a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A governante assinala ainda que “Portugal está em máximos históricos de população empregada, crescimento que é também sustentado ao nível da valorização salarial, ou seja, mais e melhores empregos”.
De acordo com a nota, o emprego registado “mantém uma trajetória de crescimento sustentável desde abril de 2021”, tendo aumentado 2,8% em janeiro face ao período homólogo (+113.234 trabalhadores em relação a janeiro de 2023).
“No mesmo período, este aumento da população empregada foi acompanhado pelo crescimento de 7% na remuneração base média, com impacto no aumento de 10,6% nas contribuições sociais, em janeiro de 2024, face ao mês homólogo”, acrescenta o gabinete.
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