//Número de desempregados quebra barreira das 300 mil pessoas

Número de desempregados quebra barreira das 300 mil pessoas

Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que pela primeira vez em mais de 27 anos, o desemprego registado ficou abaixo das 300 mil pessoas.

O número de inscritos nos serviços de emprego em junho desceu para as 298,2 mil pessoas.

É preciso recuar a dezembro de 1991, altura em que se registaram 296,6 mil desempregados inscritos, para encontrar um número mais baixo, segundo o comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social divulgado esta quarta-feira.

Olhando só para Portugal Continental, o desemprego registado atinge 280 mil pessoas, o nível mais baixo em pelo menos 30 anos, destaca o Governo.

De acordo com a nota, o mesmo acontece na região Centro (40,8 mil desempregados), do Alentejo (13,5 mil) e da região de Lisboa e Vale do Tejo (88,9 mil), onde o desemprego registado alcançou também os níveis mais baixos de que há registo. No Norte (124,9 mil desempregados) o desemprego recuou para o patamar mais baixo em 17 anos, sendo que o desemprego registado no Algarve (7,9 mil) está em níveis comparáveis aos observados no início dos anos 2000.

Já o desemprego jovem baixou para as 27,7 mil pessoas, com uma redução homóloga de 12,2% (-3,8 mil pessoas).

O desemprego de longa duração baixou para as 134,9 mil pessoas, menos 17,1% do que no mesmo mês do ano passado (-27,9 mil).

Ministro fala em vitória

Para o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, estes dados são uma vitória para as políticas públicas do Governo, mas o grande desafio será manter essa descida. “Não temos sinais de que tenha uma inversão, ainda que uma
coisa é baixar de 600 mil desempregados para 500 mil, ou de 500 mil para 400
mil, ou de 400 mil para 300 mil e outra coisa é continuar essa descida. É um
objetivo mais difícil, mais exigente em termos de políticas públicas, mas também
muito mobilizador, naturalmente.”

O Governo tem noção de que apesar da descida os que continuam desempregados são precisamente os casos mais difíceis de reintegrar. “Continua-se com uma dinâmica positiva no mercado de
trabalho, é certo que continua a haver desempregados, e isso é um problema, e à
medida que diminui o número de desempregados também sabemos que aqueles que
permanecem inscritos são os que têm maiores dificuldades em regressar ao
mercado de trabalho, que exigem uma maior atenção das políticas públicas.”

“Por isso também nunca houve tanta gente envolvida, em
termos percentuais, em políticas de emprego e de formação profissional, porque
o país, o Estado e o Governo continua a ter uma responsabilidade muito
particular com este número de desempregados que existe”, diz Vieira da Silva.

[Notícia atualizada às 11h53 com o ministro]

Ver fonte

TAGS: