Os clientes dos bancos tiveram mais razões de queixa no crédito ao consumo. O número de reclamações aumentou mais de 10% no ano passado, segundo o Banco de Portugal (BdP), muito à conta dos cartões de crédito. No total dos serviços bancários, as reclamações estabilizaram em mais de 15 mil.
“Verificou-se um aumento de 10,1% no total de reclamações relativas a crédito aos consumidores, destacando-se, face a 2017, o crescimento do número de reclamações sobre responsabilidades de crédito, comissões ou encargos e cobrança de valores em dívida”, indicou o BdP.
Estes dados surgem numa fase em que o crédito ao consumo tem crescido e motivado alertas por parte do supervisor e do Governo.
No total do crédito ao consumo, houve 3778 reclamações, mais 388 que em 2017. Mais de um terço das queixas estavam relacionadas com a informação transmitida à Central de Responsabilidades de Crédito, a “lista negra” do BdP.
Estas reclamações incidiram sobre alegados atrasos na comunicação da regularização das situações de incumprimento e na retificação da informação incorreta reportada. Houve ainda queixas sobre os “métodos usados pelas instituições e por entidades por estas contratadas para a cobrança dos valores em dívida”.
No crédito ao consumo, o Caixa Leasing e Factoring, o Wizink, o Volkswagen Bank e o Banco CTT tiveram a maior proporção de reclamações.
Apesar da subida no crédito ao consumo, é nas contas de depósitos que continua a existir o maior número de reclamações: 4811. Ainda assim, este valor representa uma descida de 5%. Neste segmento, o Banco CTT foi o mais visado, com 0,81 queixas por cada 1000 contas. Na lista dos que tiveram mais queixas estão ainda o Deutsche Bank, o Bankinter e o BBVA.
Nos empréstimos para habitação, houve uma subida de 3% no número de reclamações para 1989. O Banco CTT voltou a ser o que motivou mais reclamações. Mais de 5 em cada 1000 contratos. Fonte oficial da empresa indicou que a “metodologia desfavorece os bancos recentes”.
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