//Número de trabalhadores na aviação da União Europeia cai para níveis de 2008

Número de trabalhadores na aviação da União Europeia cai para níveis de 2008

O setor da aviação foi um dos mais afetados pela pandemia da covid-19. Com as fronteiras de grande parte do mundo encerradas e com os aviões em terra, as companhias aéreas viram a operação parar abruptamente nos últimos dois anos. A travagem nos voos levou à saída de milhares de trabalhadores do setor, que acabaram por ser despedidos ou por não ver contratos renovados. No primeiro trimestre deste ano estavam empregadas 325 600 pessoas no setor da aviação na União Europeia, o número mais baixo dos últimos 14 anos, revelam os dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira, 10.

Ou seja, o número de trabalhadores neste setor recuou a níveis de 2008. E foram os jovens os mais afetados pela crise na aviação. Segundo o gabinete estatístico europeu, a faixa etária entre os 15 e os 39 anos foi a que sofreu uma maior quebra no número de mão-de-obra empregada. Se no primeiro trimestre de 2008 havia 204 400 pessoas destas idades a trabalhar na aviação, em março deste ano o valor caiu 41%.

Por outro lado, no período em análise, registou-se um aumento do número de trabalhadores entre os 40 e os 64 anos, de 170 500 em 2008 para 204 200, uma subida de 20%. Olhando para o período pré-pandemia, comparando o primeiro trimestre de 2019 e os primeiros três meses de 2022, o Eurostat conclui que só nos últimos três anos a aviação europeia perdeu 63 500 trabalhadores com idades entre os 15 e os 39 anos e 21 300 empregados entre os 40 e os 64 anos.

Numa análise de género, o gabinete revela que a predominância do sexo masculino no setor se manteve estável ao longo dos anos. No primeiro trimestre de 2022 os homens representavam 58% da força de trabalho do setor, valor idêntico ao registado em 2008. Entre 2019 e 2022, saíram do setor 50 900 homens e 33 800 mulheres.

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