//Nuno Melo apresenta candidatura à liderança do CDS-PP

Nuno Melo apresenta candidatura à liderança do CDS-PP

Nuno Melo apresentou hoje a sua candidatura à liderança do CDS-PP como “uma obrigação e um imperativo de consciência” face à “progressiva perda de relevância própria” do partido, propondo-se “unir” e “chamar os que estão afastados”.

“Sou candidato, porque colocar-me à disposição do partido pelo qual lutei sempre e que me deu tanto, num dos momentos mais difíceis da sua existência, é para mim neste momento uma obrigação e um imperativo de consciência”, afirmou o eurodeputado e líder da distrital de Braga do CDS-PP durante a apresentação da sua candidatura, que decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto.

Num discurso de cerca de 45 minutos, constantemente interrompido por efusivos aplausos da plateia de cerca de centena e meia de convidados – entre os quais o líder da bancada parlamentar centrista, Telmo Correia, o ex-deputado Hélder Amaral e os deputados Cecília Meireles, Pedro Morais Soares e João Almeida – Nuno Melo disse não conseguir “assistir quedo e mudo à progressiva perda de relevância própria do CDS enquanto partido fundamental da democracia em Portugal”.

Defendendo que “o CDS tem de voltar a ser um espaço para onde se quer ir, onde se quer ficar e de onde não se quer sair”, considerou que “é tempo de unir, de chamar os que estão afastados, de conquistar os que estão disponíveis”. “Ter paz dentro, para ser forte para fora”, acrescentou.

De acordo com Nuno Melo, é a respostas a três perguntas “que neste momento o partido faz” que justifica “a urgência de uma mudança” no CDS.

“Está o CDS em condições de ter um bom resultado em eleições legislativas se decidir concorrer sozinho? Todos sabemos que não. Está o CDS em condições de fazer uma negociação digna e representativa com o PSD se for esse o cenário que se colocará nas eleições legislativas? Evidentemente que também não. A atual liderança do CDS será capaz de conter e reduzir o crescimento de novos partidos – como o Chega e a Iniciativa Liberal – pondo em risco a nossa relevância como partido na democracia portuguesa? Aqui a resposta também é clara: não!”, afirmou.