//O futuro do futebol italiano está numa Catedral

O futuro do futebol italiano está numa Catedral

Como a Itália vai diminuir o intervalo, que a cada ano aumenta, entre o seu torneio de elite, a Série A, e a milionária Premier League, o campeonato inglês da primeira divisão? Não basta rezar: é necessária uma nova Catedral.

Catedral é o nome provisório do novo estádio de Milão, a ser utilizado pelos dois gigantes Inter e Milan, hoje em dia a partilharem o antiquíssimo Giuseppe Meazza, vulgo San Siro. Graças à Catedral, concebida pelo escritório de arquitetura Populous e com início das operações previsto para 2026/27, não só os dois emblemas milaneses vão voltar a dominar a Europa, como a espaços fizeram, como todo o futebol italiano se beneficiará.

A tese é, por um lado, suspeita por vir de Ivan Gazidis, CEO do Milan. Mas, por outro, insuspeita se considerarmos que ele é inglês – se bem que nascido na África do Sul, de ascendência grega e se ter tornado notado como chefe do campeonato norte-americano de soccer e como dirigente do Arsenal.

Segundo comunicação de Gazidis na Expo-2000, no Dubai, na semana passada, os clubes italianos estão todos meio falidos porque mais de 90% dos estádios do país pertencem às câmaras municipais. Uma exceção? A Juventus, cujo Allianz Stadium foi inaugurado em 2011. Uma prova? De então para cá, o clube de Turim venceu nove campeonatos seguidos e abriu distância face aos rivais de Milão e não só.

“Isso não é saudável para uma liga que precisa de fazer crescer o seu interesse global, eu penso que o futebol italiano está agora pronto para uma revitalização”, disse Gazidis à Forbes.

Os estádios dos clubes da Premier League, quase todos novos ou reestruturados, geraram três vezes mais receita do que os dos da Série A.