//O que muda nas carreiras profissionais e na liderança em debate

O que muda nas carreiras profissionais e na liderança em debate

“Nós não podemos afirmar que alguma marca ficará para sempre” exposta na liderança futura das empresas, afirma João Laborinho Lúcio, presidente da ICF – International Coach Federation de Portugal -, que organiza entre hoje e o próximo dia 12 uma conferência totalmente online, cujo tema é liderar o futuro, inspirar a ação e criar impacto nas organizações e nos indivíduos.

Ao Dinheiro Vivo, Laborinho Lúcio aponta que a pandemia nos trouxe o ensinamento de que “podemos sempre vir a ser surpreendidos por mudanças repentinas”. E uma dessas grandes mudanças, no contexto atual, foi a revolução digital: “Vimos muitas equipas a adotarem novos métodos de trabalho devido à necessidade de se conectarem à distância”, justifica.

Como resultado, exige-se dos líderes atuais “uma capacidade enorme de adaptação, um pensamento mais criativo e radial de não aceitarem o status quo e de irem em busca de novas soluções”, prossegue o presidente da ICF Portugal.

Por último, algo bastante significativo aos olhos de João Laborinho Lúcio foi a passagem de políticas de liderança, comando e controlo, ao estilo de “quem tem de estar a controlar tudo para que se sintam seguros”, para políticas de liderança de parceria e colaboração “em que todos podem contribuir para o resultado final”. Trabalhar à distância, mais autonomia, mais confiança e mais responsabilização da equipa é o que permite este regime colaborativo.

Laborinho Lúcio destaca que a imprevisibilidade marca o período em que vivemos e, por isso, são necessárias lideranças seguras, que se traduzam na capacidade de alcançar colaborações e parcerias para que não haja apenas relações verticais no seio das equipas.

A gestão das emoções

Nos três dias da conferência da ICF, investigadores de universidades, representantes de empresas (como Vortal e a Microsoft) e especialistas em comunicação digital e em coaching vão debater não só os desafios da liderança, como também o papel do cérebro e das emoções, a saúde, bem-estar e felicidade nas organizações, gestão da mudança, coaching.