//OCDE defende que Portugal deve incentivar famílias a investir e a poupar

OCDE defende que Portugal deve incentivar famílias a investir e a poupar

A OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico alertou esta sexta-feira que a baixa taxa de poupança em Portugal é um “obstáculo importante” ao desenvolvimento dos mercados de capitais portugueses, pelo que defende que devem ser criados incentivos ao investimento e à poupança.

O alerta consta do relatório ‘OECD Capital Market Review Portugal 2020 – Mobilising Portuguese Capital Markets for Investment and Growth’ divulgado hoje.

“Da perspetiva da oferta de capital, um obstáculo importante ao desenvolvimento dos mercados de capitais portugueses é o baixo rácio de poupança e a alocação limitada de poupanças a títulos do mercado de capitais”, destaca o relatório da OCDE.

Frisa que, “desde 2000 que a poupança líquida agregada das famílias portuguesas é a mais baixa entre as economias europeias comparáveis”.

“Mais importante ainda, nos últimos cinco anos, a poupança líquida foi negativa, o que significa que as famílias foram mutuários líquidos. Simultaneamente, as famílias alocaram quase metade das suas poupanças a depósitos bancários por comparação com apenas 33% em França, 37% em Itália e 41% em Espanha”, salienta.

Para a OCDE, “proporcionar às famílias oportunidades de investimento atrativas, diretamente ou através de instrumentos de investimento coletivo, dar-lhes-á um conjunto mais completo de opções para a gestão das suas poupanças e de participação na criação de riqueza do setor empresarial português”.

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